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Cavani? Diego Costa? A “síndrome Drogba” ainda é alerta aos corintianos

Redator: Raphael Saavedra
Raphael Saavedra
Atualizado em: calendario-verde
30/03/23
info-verde
Publicado em: 31/01/22

O ano começou quente no Corinthians. Nomes consagrados do futebol internacional, como Diego Costa, Edinson Cavani e Luis Suárez, foram especulados para vestir a camisa alvinegra e assumir a titularidade no ataque, mas nenhuma negociação avançou.

A possibilidade de contar com jogadores do naipe de Cavani e Suárez, por exemplo, relembrou o “quase” anúncio de Didier Drogba, que virou motivo de zoação para os torcedores rivais. Fora da realidade brasileira, são jogadores que dificilmente devem jogar por aqui enquanto tiverem mercado na Europa.

O caso de Diego Costa foi diferente porque o atleta estava no Atlético-MG e nasceu no Brasil, então o contato é mais fácil. Porém, de acordo com a diretoria, seu salário era alto demais. Nenhuma surpresa para alguém desse calibre e pela crise financeira enfrentada pelo Corinthians, apesar de ter outros jogadores consagrados (e caros) no elenco.

Portanto, além da chegada de Paulinho, a temporada do Timão começa apenas com rumores (que parecem impossíveis) e sem um grande centroavante. O time está embalado, mas um jogador de confiança pode desequilibrar nas principais competições.

Sondagem por Cavani e Negociação com Diego Costa

O Corinthians sonhou alto para o seu ataque de 2022. Jogadores com carreira consolidada na Europa entraram na pauta para suprir a carência de uma referência na área, o que pode ser considerado surpreendente pela realidade do futebol brasileiro.

Edinson Cavani, do Manchester United, recebeu uma sondagem da diretoria. O atacante uruguaio está desde 2020 na equipe, quando deixou o Paris Saint-Germain e o trio com Neymar e Mbappe. Imaginar que o jogador deixaria a Europa para jogar no Brasil parece loucura.

O mesmo caso é do seu compatriota Luis Suárez. Ídolo no Barcelona, fez uma grande temporada no Atlético de Madrid, mas caiu de produção e deve deixar a equipe em junho, quando encerra o seu contrato. Mesmo aos 35 anos, é um jogador com mercado e recebe altas cifras. Nesse caso, o Corinthians garante que não fez contato, mas foi um nome ventilado.

Quem ficou mais próximo de acertar, na teoria, foi Diego Costa. Campeão brasileiro pelo Atlético-MG, ele fez história no outro Atlético, da Espanha, e também defendeu o Chelsea. Foi importante em alguns momentos, mas não foi protagonista.

O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, declarou que os altos valores afastaram o atleta do clube — algo natural pelo calibre do jogador. Porém, em entrevista ao GE, o tio do atacante afirmou que a diretoria só desistiu do negócio porque houve rejeição da diretoria.

A qualidade desses jogadores é inegável, mas a contratação deles, principalmente de Cavani e Suárez, não parece factível. Estaria o Corinthians, novamente, com a “Síndrome Drogba”?

A Frustrada Novela “Valeu, Drogba”

A “quase” contratação de Didier Drogba em 2017 ficou famosa, mas não de forma positiva. Ídolo do Chelsea e campeão da Champions, o atacante estava em fim de carreira e sem contrato. As duas partes entraram em negociação, mas Drogba não quis jogar no Corinthians.

À época, o clube emitiu uma nota (“Valeu, Drogba!”) agradecendo ao jogador pela negociação, o que gerou revolta em parte da torcida e zoação dos rivais. O objetivo inicial era aproveitar uma estrela do futebol europeu para faturar com marketing, mas não funcionou e muitos consideraram a diretoria amadora no caso.

Fato é que a realidade financeira do Brasil é diferente de outros mercados, o que dificulta muito a vinda de grandes astros do futebol internacional. Há um sucesso maior na hora de repatriar jogadores brasileiros — o próprio Corinthians tem nomes como Paulinho, Renato Augusto e Willian no elenco.

Porém, fazer igual ao Botafogo, que trouxe Clarence Seedorf em 2012, é exceção à regra. Vale lembrar que a mulher do astro é brasileira e, supostamente, torcedora do clube, o que facilitou o processo. Ou seja, sugerir contratações desse calibre parece falta de pés no chão.

Róger Guedes é o Novo Camisa 9 do Timão

Ainda sem o goleador dos sonhos, o Corinthians ganhou um novo camisa 9 mesmo sem contratar novos jogadores. Róger Guedes, que vestiu a 123 no ano passado, assumiu a numeração para 2022. Ele atua pelos lados do campo, mas já foi escalado como referência na área em algumas partidas.

O número chegou a ser usado por Jô — ele veste a 77 oficialmente — por limitações na numeração fixa para a Copa Sul-Americana. O movimento é natural, mas também indica que o Corinthians pode ter desistido, ao menos por enquanto, de fazer uma contratação para o setor.

Estreia no Paulistão com Mantuan

No primeiro compromisso oficial da temporada, contra a Ferroviária, o técnico Sylvinho testou uma solução caseira para a função: Gustavo Mantuan. Meio-campo de origem, ele foi escalado como referência do ataque após testes na pré-temporada.

O jogo terminou 0 a 0 e o Corinthians desperdiçou muitas chances. É importante ter calma, porque a temporada ainda está no início, mas a falta de pontaria não foi um bom sinal.

Dono da posição, Jô foi diagnosticado com Covid-19 e ainda está em recuperação, então não ficou disponível para a partida. Em princípio, ele deve começar o ano como titular, mas suas atuações em 2021 não convenceram o suficiente para cravar o seu espaço.

Além disso, ele tem 34 anos e, como a temporada é longa, será importante ter peças de reposição. Por isso, Mantuan deve aparecer mais vezes no setor e Róger Guedes também pode ser acionado como referência na frente.

Sem um Grande Centroavante, Mas com Outros Astros

Se não conseguiu trazer um grande astro para o ataque, o elenco do Corinthians está recheado de jogadores com passagem pelo futebol internacional. O ídolo Paulinho foi a grande contratação para 2022 e reestreou contra a Ferroviária. A impressão foi positiva.

Ao mesmo tempo, o quarteto que chegou em 2021 do exterior segue no clube: Willian, Renato Augusto, Róger Guedes e Giuliano. São grandes nomes, com rodagem no futebol, e que podem ajudar o clube a buscar títulos.

Com a manutenção de ídolos como Fagner e Cássio, o Corinthians tem um bom time-base no papel e está embalado depois de um bom final de Brasileirão.

Porém, o centroavante é o grande ponto de interrogação e, sem grandes sonhos, o Timão pode buscar um jogador no mercado para assumir a posição durante o ano ou encontrar soluções caseiras.

Raphael Saavedra
Raphael Saavedra
Jornalista carioca, vive por dentro dos últimos acontecimentos no futebol brasileiro. Escreve sobre esportes e o mercado de apostas há quase 10 anos.