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É legal? Boxeador ganha R$51 milhões ao apostar em sua própria vitória

Redator: Fernanda Meneghetti
Fernanda Meneghetti
Atualizado em: calendario-verde
26/04/24
info-verde
Publicado em: 26/04/24

Um fato curioso chamou a atenção no mundo do esporte esta semana. O boxeador Ryan Garcia faturou alto com sua vitória por decisão majoritária sobre o até então invicto Devin Haney, no último sábado. Mas seu lucro não veio apenas da premiação.

Considerado o azarão do duelo, o americano revelou nas redes sociais que havia apostado 2 milhões de dólares (cerca de R$ 10 milhões) em sua própria vitória sobre o adversário. Com isso, ganhou 12 milhões de dólares (R$ 62 milhões) – um lucro de 10 milhões de dólares (cerca de R$ 51 milhões).

Além do valor da aposta, Ryan Garcia ainda ganhou uma premiação pela vitória na luta. A estimativa é de que ele tenha faturado, ao todo, 50 milhões de dólares (cerca de R$ 258 milhões).

Mas nem tudo são flores. Apesar do retorno financeiro, Ryan Garcia não teve direito a levar o cinturão do peso super leve do Conselho Mundial de Boxe (CMB). Isso porque, na pesagem oficial do combate, ele não atingiu o peso necessário (63,3 kg), excedendo 1,4 kg. Dessa forma, mesmo com a derrota, Devin Haney segue como o campeão da categoria.

Mas, afinal, um boxeador pode apostar em si mesmo?

A legalidade da aposta de Ryan Garcia em si mesmo ainda não está clara. Ao que parece, nos Estados Unidos, o boxe é o único esporte que oferece uma brecha para que os participantes realizem esse tipo de aposta, uma vez que não há um órgão de comissão abrangente que dite as regras em nível nacional. Em vez disso, tudo é regulamentado por meio das comissões estaduais.

Um relatório da ESPN sobre a suposta tentativa de aposta de Floyd Mayweather Jr. em si mesmo, no ano de 2017, mostrou que a Comissão Atlética do Estado de Nevada e o Controle de Jogos de Nevada, por exemplo, não possuíam um regulamento específico para proibir um lutador de apostar em si mesmo para vencer.

No entanto, é importante ressaltar que a luta de Garcia aconteceu em Nova York, então ainda não sabemos se ele enfrentará alguma forma de punição.

E em outros esportes?

Em outros esportes, essa prática é proibida. No futebol, por exemplo, a Fifa, em seu Código de Ética, proíbe expressamente que pessoas envolvidas com o esporte realizem apostas. A entidade também veda qualquer jogador ou profissional do futebol de ter vínculos diretos com empresas ou indivíduos que efetuam apostas, a fim de evitar possíveis formas de manipulação de resultados.

O descumprimento dessas orientações pode resultar em punições para o jogador, árbitro ou agente, como foi observado recentemente no Brasil. A Operação “Penalidade Máxima”, iniciada no final de 2022, investigou um esquema envolvendo atletas e grupos criminosos que lucravam com apostas relacionadas a lances específicos em partidas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, além de jogos de torneios estaduais.

Segundo foi apurado, atletas eram acionados por apostadores, que prometiam dinheiro por ações específicas dentro de campo, como cartões e cometimento de pênalti. Desde o início da investigação, vários jogadores já receberam punições severas, enquanto outros foram absolvidos.

Um caso envolvendo um astro de MLB

Outro caso que ganhou destaque recentemente envolve Shohei Ohtani, um dos maiores e mais bem pagos jogadores de beisebol do mundo. O astro da MLB é suspeito de envolvimento em um esquema de apostas nos Estados Unidos.

Uma reportagem da imprensa norte-americana revelou transferências bancárias milionárias da conta do jogador para um intermediário de apostas.

Embora as apostas esportivas sejam legalizadas em 38 estados norte-americanos, a Califórnia, onde reside Ohtani, é um dos estados que ainda mantém essa atividade como ilegal. O caso ainda está sendo investigado criminalmente pela Receita Federal dos Estados Unidos.

Fernanda Meneghetti
Fernanda Meneghetti
Jornalista com MBA em Marketing. Mais de dez anos de experiência em jornalismo esportivo.