Gazeta Esportiva

Os cuidados que os clubes devem tomar para evitar lesões no retorno do futebol

Fonte: Reprodução/pexels

A preocupação com a saúde dos atletas na volta ao futebol, depois de um período de inatividade sem precedentes por conta da pandemia, vai muito além da Covid-19. Além da longa pausa, o tempo de “pré-temporada” será mais curto e, na volta aos gramados, a sequência de partidas ficará ainda mais intensa, com o objetivo de equilibrar o calendário. Por isso, há muito receio com uma onda de jogadores lesionados.

Tudo o que se esperava em relação às lesões na volta ao futebol foi confirmado já no primeiro grande campeonato a retomar os jogos. Nas seis primeiras partidas da Bundesliga, oito jogadores saíram machucados de campo. Esse é o maior motivo para explicar a concessão de cinco substituições a cada time.

Com o calendário do Brasileirão já atualizado e o início cada vez mais próximo, além de contar com a mudança na regra, os times também estão tomando vários cuidados para minimizar os riscos. Parte dessas medidas preventivas começou a ser executada bem antes da volta aos treinos, com acompanhamento virtual do desempenho dos jogadores nas atividades físicas realizadas em casa.

De acordo com especialistas, o tempo ideal para recuperação depois de uma parada tão grande é de no mínimo oito semanas. Considerando que os times retomaram os treinos em diferentes momentos, de acordo com as regras vigentes em suas cidades, não haverá um padrão de preparação para o Campeonato Brasileiro.

Por isso, a parte dos treinamentos voltada à preparação física será maior do que o usual, visando recuperar o tempo perdido. Com isso, as equipes terão menos tempo para treinar fundamentos e para preparação tática. Por este motivo, inicialmente, é esperada uma queda no nível das partidas, como ocorreu em outros campeonatos.

A adequação na alimentação dos jogadores é outro fator fundamental para reduzir o risco de lesão na volta aos gramados. Os níveis de gordura do organismo tendem a aumentar durante o período de inatividade, o que gera duas situações: os atletas que não conseguem voltar facilmente à forma e os que restringem tanto a alimentação para reduzir o percentual de gordura que acabam ficando com menor capacidade física.

Os clubes estão ajustando a dieta dos atletas de acordo com a intensidade dos treinamentos, aumentando gradualmente a quantidade de calorias, de acordo com as necessidades de cada corpo. Dependendo do atleta, os clubes também apelam para a suplementação. De acordo com Dannie Hansen, CEO da marca de suplementos Sundt, um dos compostos mais indicados para esta situação é a Glutamina, por conta do seu alto poder de regeneração da cartilagem, o que previne lesões graves.

A estrutura de preparação dos clubes conta muito neste momento. Isso gera uma situação de desigualdade. Para o Brasileirão, esse receio não é tão grande, mas com os estaduais voltando, há muitos times com estruturas precárias que precisarão disputar algumas partidas em breve. Para os jogadores dessas equipes, o risco de lesão é ainda mais preocupante.

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