Henzel quer deixar mensagem com seu livro: "Possível superar traumas" - Gazeta Esportiva
Henzel quer deixar mensagem com seu livro: "Possível superar traumas"

Henzel quer deixar mensagem com seu livro: "Possível superar traumas"

Gazeta Esportiva

Por Redação

21/06/2017 às 16:47 • Atualizado: 28/11/2017 às 14:05

São Paulo, SP

O jornalista Rafael Henzel foi um dos seis sobreviventes da tragédia que matou 71 pessoas em novembro de 2016, quando o avião que levava a Chapecoense à Colômbia, para a disputa da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, bateu em um morro.

Sete meses depois, ele vai lançar um livro, chamado "Viva como se estivesse de partida", que tem como inspiração o acidente. A busca, porém, é por deixar uma mensagem a todos que leiam, mais do que relatar o que aconteceu.

"O livro conta duas histórias de pessoas que sentiram muito por nós e tentaram abandonar vícios alcoólicos, por exemplo. Foi muito rápido para escrever, sempre estive consciente e pude relatar isso. Quero mostrar às pessoas que é possível superar traumas, só é necessário um pouco de ânimo", explicou Henzel, em entrevista à rádio Gazeta AM.

Rafael Henzel lança livro em São Paulo nesta quarta (Foto: Reprodução/Facebook)


O jornalista também fez questão de deixar claro que, apesar de ter sido vítima em uma das maiores tragédias relacionadas ao esporte na história, os sobreviventes não devem ser vitimizados.

"Não somos vitimizados. Fomos vítimas do acidente, mas os seis que saíram vivos estão reconstruindo suas vidas. Os jogadores (Alan Ruschel e Neto) vão voltar a jogar, o Follmann vai ser embaixador da Chapecoense, virou comentarista de futebol", enfatizou.

Por fim, Henzel comentou as dificuldades que estão sendo encontradas pelas famílias de vítimas. Ele espera que justiça seja feita. "Quero ser o último a receber indenização. Tem pessoas que sentiram muito as perdas e se viram desestruturadas financeiramente. A Chapecoense também é vítima, morreu do presidente até o roupeiro. Todos temos certeza de que o governo boliviano tem que ajudar mais. Pessoas tiveram que mudar muito a vida, tendo que vender ativos, tirar filho de escola particular, porque a pessoa que era a renda da família foi embora", finalizou.

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