O lateral direito Fagner foi um dos jogadores do Corinthians que aproveitaram a conquista do Campeonato Paulista para desabafar contra as críticas recebidas no início do ano. Agora, que o clube é a primeira força do futebol estadual, o jogador já começou a se preocupar em conter sinais de euforia.
“Temos que fazer aquilo que vínhamos fazendo. O mais importante é não colocar um peso maior do que aquele que já temos. Existe pressão só por jogar no Corinthians, então devemos manter a mesma naturalidade, humildade e pés no chão”, disse Fagner, presente na festa de premiação do Campeonato Paulista, na noite desta segunda-feira.
É a primeira vez em bastante tempo em que o Corinthians precisa se preocupar em não se deixar levar pelos elogios. Após uma temporada ruim em 2016, com quatro técnicos passando pelo comando da equipe (Tite, Cristóvão Borges, o próprio Fábio Carille e Oswaldo de Oliveira), o time iniciou 2017 sob desconfiança.
As contestações, no entanto, uniram o elenco do Corinthians, conforme Fagner destacou. “Todo o mundo se dá bem. Fazemos brincadeiras sadias e temos uma competição leal dentro do grupo. Isso faz bem ao time. Em uma competição longa como o Brasileiro, necessitaremos de todos. Tenho certeza de que quem entrar dará conta do recado”, comentou o lateral direito.
Já de olho nos próximos compromissos da temporada, Fagner foi eleito pelo terceiro ano consecutivo o melhor lateral direito do Estado de São Paulo. O bom momento e as frequentes convocações para a Seleção Brasileira deixam a permanência do jogador no Corinthians ameaçada.
“Tenho contrato até dezembro de 2018. Sinceramente, estou muito tranquilo, em casa, no clube em que fui criado. Estando com a cabeça focada, os dias são bons. Vou deixar as coisas acontecerem. Se o papai do céu achar que for a hora de sair... Se não achar, também estou muito feliz”, concluiu Fagner, antes de voltar a dar atenção ao filho Henrique – ou “Fagninho”, como disse o garoto –, que quer ser atacante do Corinthians.
