Seleção Brasileira atropela Honduras e alcança a sua quarta decisão olímpica - Gazeta Esportiva
Seleção Brasileira atropela Honduras e alcança a sua quarta decisão olímpica

Seleção Brasileira atropela Honduras e alcança a sua quarta decisão olímpica

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/08/2016 às 14:52 • Atualizado: 17/08/2016 às 19:53

São Paulo, SP




A mesma Seleção Brasileira contestada em suas duas primeiras partidas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro – frustrantes empates por 0 a 0 com África do Sul e Iraque – foi ovacionada pelo público do Maracanã no início da tarde desta quarta-feira. Não era para menos. A equipe comandada por Rogério Micale não tomou conhecimento de Honduras, construiu uma vitória por 6 a 0, com gols de Neymar (2), Gabriel Jesus (2), Marquinhos e Luan, e chegou à sonhada decisão.

Será a quarta final de um torneio olímpico de futebol masculino que o Brasil, ainda em busca da inédita medalha de ouro, disputará. Antes, o País foi derrotado em decisões pelo México em Londres 2012, pela União Soviética em Seul 1988 e para a França em Los Angeles 1984. Além dessas pratas, houve dois bronzes na história nacional, em Pequim 2008 e em Atlanta 1996.

O adversário da Seleção Brasileira será a Alemanha, que venceu a Nigéria por 2 a 0 em duelo em Itaquera. No último jogo entre brasileiros e alemães, a Seleção sofreu a história goleada por 7 a 1, na Copa do Mundo de 2014.  A grande final dos Jogos Olímpicos ocorrerá neste sábado, no Maracanã, às 17h30 (de Brasília). No mesmo dia, mas às 13 horas (de Brasília), Honduras jogará pelo bronze contra a Nigéria, no Mineirão.


O jogo – O Brasil não deu tempo para surgirem sinais de desconfiança no Maracanã. Enquanto muitos torcedores ainda se acomodavam nas arquibancadas, Neymar já pressionava a saída de Honduras, forçando o erro de Palacios. O atacante do Barcelona ficou livre na área adversária, dividiu com o goleiro López e viu a bola entrar aos 14 segundos de partida.

Antes criticado, Gabriel Jesus marcou dois gols no primeiro tempo (foto: Lucas Figueiredo/Mowa Press)
Antes criticado, Gabriel Jesus marcou dois gols no primeiro tempo (foto: Lucas Figueiredo/Mowa Press)


A única preocupação que a Seleção Brasileira encontrou no primeiro tempo, a partir de então, foi o fato de Neymar ter se machucado na disputa com López. Recuperado em pouco tempo, o astro logo chamou a atenção dos marcadores hondurenhos, que o perseguiam com violência – embora ele valorizasse bastante cada queda no gramado, como costuma fazer.

Sem conseguir incomodar a defesa brasileira, o técnico colombiano Jorge Luis Pinto e os seus jogadores voltaram as suas críticas à arbitragem do romeno Oividiu Alin. O Brasil não se importava com as queixas. Nem a torcida, que festejava o bom momento do futebol nacional, raro nos últimos anos, com gritos empolgados de “o campeão voltou”.

Veja também: Torcida pede revanche com Alemanha, mas Seleção promete focar no ouro

Haveria mais para celebrar ainda na etapa inicial. Aos 25 minutos, Luan recebeu a bola de Gabriel e achou Gabriel Jesus nas costas da defesa hondurenha, do lado esquerdo. O atacante que o Palmeiras vendeu ao Manchester City correu e completou com categoria na saída de López para ampliar o placar.

A jogada de Gabriel Jesus trouxe tranquilidade não apenas para a Seleção, contestada no início da sua campanha nos Jogos Olímpicos, mas para o próprio atleta, um dos mais criticados no período de turbulência. Foi dele também o terceiro gol. Aos 34, com assistência de Neymar, voltou a avançar pela esquerda e concluir diante de López. Desta vez, mandou para o alto da meta.

Luan foi parar dentro do gol ao deixar a sua marca na semifinal dos Jogos (foto: Odd Andersen/AFP
Luan foi parar dentro do gol ao deixar a sua marca na semifinal dos Jogos (foto: Odd Andersen/AFP)


Parecia claro que, naquele instante, o Brasil já tinha uma medalha olímpica assegurada no Rio de Janeiro. Eufórico, o público vislumbrava a premiação dourada – e tinha até uma seleção predileta para a conquista da prata. “Ô, Alemanha, pode esperar! A sua hora vai chegar!”, berravam os torcedores, ainda sem saber o resultado da semifinais entre os alemães e a Nigéria, em São Paulo.

Com esse ambiente, a Seleção Brasileira foi e voltou serena do vestiário do Maracanã para jogar o segundo tempo. E rapidamente transformou o marcador parcial de vitória em goleada. Aos cinco minutos, Neymar cobrou escanteio da esquerda, e a bola parou nos pés de Marquinhos. O zagueiro teve dificuldades no domínio, mas estufou a rede na finalização.

Bastante satisfeito com a atuação brasileira, o técnico Rogério Micale pôde se dar ao luxo de projetar a decisão olímpica em suas alterações. O primeiro a sair foi Rodrigo Caio, que já tinha um cartão amarelo, para a entrada de Luan Garcia. Depois, o ovacionado Gabriel Jesus acabou substituído por Felipe Anderson.

Àquela altura, a torcida já havia feito o Maracanã se assemelhar à arena de vôlei de praia montada em Copacabana, com um repertório vasto para a sua cantoria. Honduras enfim se lançava ao ataque, desesperadamente, na esperança de encaixar uma boa investida e abalar a vibração do público no Rio de Janeiro.

O avanço de Honduras só abriu mais espaços para a Seleção Brasileira. Envolvente, com rápida troca de passes e triangulações, o time de Rogério Micale voltou à carga aos 33 minutos e, depois de um cruzamento rasteiro da esquerda, Luan empurrou para o gol aberto e comemorou o quinto gol – enquanto o público já pedia o sétimo, lembrando a contundente goleada alemã do último Mundial.

Não foi possível fazer sete gols. Por pouco. Já nos acréscimos, Luan foi derrubado por Palacios dentro da área, e o árbitro não hesitou em assinalar o pênalti. Neymar se apresentou para a cobrança, deslocou López e fechou a contagem em 6 a 0.

Caçado pelos hondurenhos, Neymar assustou em cobranças de falta e fez dois gols (foto: Lucas Figueiredo/Mowa Press)
Caçado pelos hondurenhos, Neymar assustou em cobranças de falta e fez dois gols (foto: Lucas Figueiredo/Mowa Press)


FICHA TÉCNICA
BRASIL 6 X 0 HONDURAS

Local: Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 17 de agosto de 2016, quarta-feira
Horário: 13 horas (de Brasília)
Árbitro: Ovidiu Alin Hategan (ROM)
Assistentes: Octavian Sovre (ROM) e Sebastian Eguren Gheorghe (ROM)
Cartões amarelos: Rodrigo Caio (Brasil); Acosta, Vargas, Palacios e Espinal (Honduras)
Gols: BRASIL: Neymar, aos 14 segundos, e Gabriel Jesus, aos 25 e aos 34 minutos do primeiro tempo; Marquinhos, aos 5, Luan, aos 33, e Neymar, aos 46 minutos do segundo tempo

BRASIL: Weverton; Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio (Luan Garcia) e Douglas Santos; Walace, Renato Augusto (Rafinha) e Luan; Gabriel, Neymar e Gabriel Jesus (Felipe Anderson)
Técnico: Rogério Micale

HONDURAS: López; Paz, Palacios e Vargas; Pereira, Espinal, Acosta (Banegas) e García; Elis, Quioto e Lozano
Técnico: Jorge Luis Pinto

Conteúdo Patrocinado