Fernando Prass nega obrigação em ser líder da Seleção nas Olimpíadas - Gazeta Esportiva
Fernando Prass nega obrigação em ser líder da Seleção nas Olimpíadas

Fernando Prass nega obrigação em ser líder da Seleção nas Olimpíadas

Gazeta Esportiva

Por Redação

18/07/2016 às 16:39 • Atualizado: 18/07/2016 às 17:25

São Paulo, SP

(Foto: Lucas Figueiredo/MowaPress)
Fernando Prass é o brasileiro mais velho convocado pela Seleção para os Jogos Olímpicos (Foto: Lucas Figueiredo/MowaPress)


Aos 38 anos, Fernando Prass será o atleta mais velho da Seleção Brasileira a disputar uma edição dos Jogos Olímpicos. Um dos capitães do Palmeiras, o goleiro não vê uma obrigação para que se torne líder no grupo formado majoritariamente por atletas abaixo dos 23 anos. Para o atleta, sua convocação se deu também por uma junção entre experiência e critérios técnicos.

“Conversei com o Rogério Micale (treinador da Seleção) após a convocação. Ele me ligou para se apresentar e comentou isso da liderança, experiência e questão técnica. A questão da liderança na Seleção, ou em qualquer outra equipe, não é algo que é obrigação pela idade. As vezes um garoto de 18 ou 19 anos pode assumir essa condição. Isso acontece naturalmente dentro da característica de cada um. As vezes achamos que o líder é o cara que fala mais ou gesticula muito, e não é”, disse o ídolo alviverde.

Descartando o dever de ser o líder entre os selecionados, Prass também se mostrou indiferente sobre ser designado como capitão da equipe. No Palmeiras, o goleiro alterna a função com o veterano lateral Zé Roberto.

“Não me passa pela cabeça ser ou não ser (capitão). Sempre falei isso, o capitão é uma mera formalidade para assinar a sumula. Ele não tem nenhuma função a mais. Não é pela faixa que ele precisa gritar ou cobrar o juiz ou companheiros. Algum atleta sem a faixa pode fazer isso”, afirmou.

A convocação para a Seleção olímpica foi a primeira vez que Prass foi chamado para vestir a amarelinha. Mesmo com 38 anos, o goleiro afirmou que mantinha esperanças de ser lembrado para representar o Brasil.

“Ainda tenho muita lenha para queimar. Comparo com um casal que tenta ter filhos há muito tempo, mas não consegue. Aí as vezes desencana disso e acaba conseguindo. Quanto maior o tempo, mais felicidade traz. Se eu jogasse até os 44 anos e num time de ponta como o Palmeiras, ainda teria a expectativa de ser convocado. Claro que as chances seriam menores em relação aos mais novos, mas ainda alimentaria isso”, concluiu.

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