O atacante Rogério não seria nem relacionado para o banco de reservas do São Paulo na partida diante do César Vallejo, nessa quarta-feira, no Pacaembu. Mas por conta da amigdalite aguda de Alan Kardec, o argentino Calleri ganhou uma vaga no time titular e o "Neymar do Nordeste" pôde acompanhar os suplentes tricolores. Após uma campanha da torcida nas arquibancadas, o jogador substituiu Paulo Henrique Ganso, aos 40 minutos do segundo tempo, e anotou o gol que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o rival peruano.
Rogério já havia sido decisivo para a classificação à Copa Libertadores. Ele foi o autor do gol na vitória por 1 a 0 sobre o Goiás, na última rodada do Brasileirão, que garantiu a vaga ao torneio continental. Mas no primeiro jogo contra o César Vallejo, na cidade peruana de Trujillo, Rogério ficou de fora da lista de relacionados e assistiu ao jogo das arquibancadas do estádio Mansiche.
Segundo o atacante, a escolha do técnico Edgardo Bauza por deixá-lo afastado da Libertadores não afetou o seu empenho no dia a dia. “Eu procuro trabalhar bastante, independentemente se o treinador me escalará. Treino bastante para fazer os gols quando surgirem as oportunidades”, disse o jogador, após o término do jogo dessa quarta-feira.
A entrada de Rogério só foi possível após os torcedores são-paulinos gritarem incessantemente o nome do atleta nas arquibancadas do Pacaembu. A mobilização já vinha sendo discutida na internet para convencer Bauza a dar uma chance ao xodó da torcida. Grato pelo carinho, ele vibrou com o apoio recebido entre os tricolores. "A torcida do São Paulo é incomparável e vem gritando meu nome em todos os jogos. Tenho um carinho enorme por ela", afirmou.
Para Rogério, a receita para ganhar uma vaga entre os titulares é manter o rendimento em alto nível. "Não posso baixar a cabeça. Não só eu, mas todos os companheiros que correram bastante hoje. Vou trabalhar no dia a dia e treinar as finalizações. É uma bola que aparece para decidir uma partida ou um campeonato", disse o atleta. "Hoje tive a chance de entrar e fazer o gol. Continuarei fazendo meu trabalho para sempre deixar esse trevo na cabeça do professor", concluiu, citando novamente uma expressão característica do interior de Pernambuco.
