Dirigente e falta de opção devem fazer Michel Bastos engolir críticas e ficar - Gazeta Esportiva
Dirigente e falta de opção devem fazer Michel Bastos engolir críticas e ficar

Dirigente e falta de opção devem fazer Michel Bastos engolir críticas e ficar

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

13/09/2016 às 08:00

São Paulo, SP

Michel Bastos ficou de fora até da lista de relacionados do São Paulo nos dois últimos jogos (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press
Michel Bastos ficou de fora até da lista de relacionados do São Paulo nos dois últimos jogos (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press


Michel Bastos ganhou tempo para repensar sobre uma decisão simples e ao mesmo tempo extremamente complicada: Ficar ou deixar o São Paulo. A reunião revelada por Marco Aurélio Cunha e confirmada por Ricardo Gomes não aconteceu nessa segunda-feira e não tem data marcada. Só se sabe que o novo diretor executivo do clube vai se reunir com o jogador ainda essa semana para encerrar de vez essa pendência.


A princípio, a tendência é que o jogador de 33 anos rescinda o contrato ainda em vigor e que tem validade até o fim de 2017 para seguir sua carreira longe do Morumbi. Por outro lado, tudo pode mudar a partir de agora. A chegada de Marco Aurélio Cunha tem um peso importante nessa reviravolta. O dirigente tem bom relacionamento com os atletas e já avisou que gostaria de ter Michel Bastos no time, apesar de deixar claro que do jeito que as coisas estão não dá para continuar.


Mas, o maior problema para o próprio meia é a falta de opções em caso de uma rescisão, mesmo que amigável. Com 11 jogos no Campeonato Brasileiro, Michel Bastos já estourou o limite de sete partidas com a camisa são-paulina e não pode defender outra equipe da Série A até o próximo ano. Jogar a segundona está fora de cogitação, independente da janela fechar apenas na quinta-feira.


Mercados alternativos, como o chinês e o europeu, também já fecharam suas respectivas janelas de transferências. Com isso, as opções de Michel Bastos se restringiriam a buscar um time na Arábia Saudita ou Catar, que seguem podendo contratar até o dia 22, ou apostar nos Emirados Árabes, onde o prazo se estende até 20 de outubro.


Para isso, o ex-jogador da Seleção Brasileira terá de engolir todas as críticas sobre seu futebol, ignorar a perseguição das organizadas, que não cansam de o hostilizar em protestos ou durante os jogos, entrar em forma e fazer um trabalho psicológico que traga seu foco de volta ao seu trabalho.


Desde a invasão ao CT da Barra Funda, quando Michel Bastos chegou a ser agredido e temeu por algo pior, assim como Wesley e Carlinhos, o jogador não tem conseguido mais se concentrar e, para pessoas que convivem com o atleta, parecia decidido a deixar o clube.


Com tudo, Michel Bastos segue cumprindo com suas obrigações e, nesta segunda, mais uma vez treinou normalmente junto aos seus companheiros. A definição dessa relação deve sair ainda essa semana e, apesar de aparentemente não existir mais clima para o jogador, as circunstâncias podem causar a reviravolta que determine o “fico” de Michel Bastos no São Paulo.


Conteúdo Patrocinado