A defesa do atleta, segundo informa a agência EFE, questiona o uso de um policial infiltrado para descobrir os autores da chantagem a Valbuena, o que não foi acatado pelos juízes. "A fase de instrução vai continuar por vários meses. No final, o juiz decidirá se há elementos para um julgamento que, se ocorrer, ficaria para 2017", afirmou um porta-voz.
Além de negar o recurso dos acusados, o Tribunal de Apelação acatou o pedido do Ministério Público para que o juiz de instrução examine novamente a possibilidade de processar o ex-jogador Djibril Cissé, também da seleção francesa, algo que tinha sido descartado inicialmente.
Benzema é acusado de ser cúmplice dos autores do crime. Eles ameaçaram divulgar um vídeo com conteúdo sexual no qual Valbuena aparece caso o jogador do Lyon não pagasse uma grande quantia de dinheiro.
Após Valbuena denunciar os fatos, a polícia infiltrou um agente na negociação para descobrir quem eram os chantagistas. Isso permitiu identificar Mustapha Zouaoui e Axel Angot.
Diante das dificuldades para obter o dinheiro, esses dois homens recorreram, segundo a acusação, a Karim Zenati, um amigo de infância de Benzema, e pediram que ele intercedesse através do jogador do Real Madrid. O atacante então falou com Valbuena durante uma concentração da seleção francesa em Paris, em 5 de outubro de 2015.
De acordo com os promotores, Benzema tentou persuadir o companheiro de seleção a pagar os chantagistas, algo negado pelo atacante, que afirma que o único objetivo era ajudar Valbuena.
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Desde a polêmica, em dezembro do ano passado, Benzema foi afastado da seleção francesa e ficou de fora até mesmo da disputa da Eurocopa, que ocorreu na França na metade deste ano. Publicamente, a Federação Francesa diz que não há impedimento para sua convocação, mas o centroavante segue sem ser chamado.
