Após cinco jogos na temporada, sendo apenas três oficiais, pelo Campeonato Paulista, Marcelo Oliveira tem sofrido críticas pelo desempenho do Palmeiras e, nesta sexta-feira, passou um longo tempo conversando no campo com o diretor de futebol Alexandre Mattos e o gerente de futebol Cícero Souza. Mas o treinador usa seu histórico recente como defesa.
“Não ganhei na loteria os seis títulos que conquistei em cinco anos e as finais de campeonatos nacionais que disputei. Foi através do meu trabalho, da concentração e dos jogadores. É por esse caminho que vamos agora”, disse o técnico, campeão da Copa do Brasil de 2015 pelo Palmeiras, dos Brasileiros de 2013 e de 2014 e do Mineiro de 2014 pelo Cruzeiro e dos Paranaenses de 2011 e 2012. Além de ter chegado às finais da Copa do Brasil em 2011, 2012, 2014 e 2015.
A conversa com Alexandre Mattos e Cícero Souza no gramado da Academia de Futebol, logo após treino fechado para a imprensa na manhã desta sexta-feira, não foi de cobrança. Pelo menos é o que garantiu Marcelo Oliveira, que concedeu entrevista coletiva logo depois do bate-papo com os dirigentes.
“Não dá para falar o que conversamos porque não lembro tudo, mas conversamos sobre o trabalho que foi feito, ideia tática para o próximo jogo, algum detalhe que a equipe possa ajustar... Nada mais do que isso”, minimizou, assegurando que Mattos não tem interferido diretamente com os jogadores em meio às críticas, já que o time acumula dois empates consecutivos em três rodadas do Campeonato Paulista.
“Ele fala eventualmente com o elenco, mas não recentemente. O trabalho tem sido todo feito pela comissão técnica, com palestras antes e depois dos jogos. Dou ampla liberdade para o jogador interagir, falar das dificuldades que vem sentindo. E estão todos conscientes de que não estamos no nosso ideal, mas sabendo que virá o encaixe, com jogadores produzindo mais porque temos boas condições técnicas e criativas”, relatou.
Embora ainda não perceba uma “pressão imensa”, Marcelo Oliveira entende as reações. “Não ouço tudo porque não dá tempo, estou sempre trabalhando. O que vejo são críticas fundamentadas, com detalhes, outras com desinformação e tem as perversas também, que são pequenas”, indicou.
“O anseio de quem cobra é o mesmo que o meu, e também me cobro muito. Faz parte do cargo. Mesmo no Cruzeiro, com dois títulos brasileiros, havia críticas. Só não posso me preocupar excessivamente porque preciso trabalhar e passar confiança ao jogador, ajustar e melhorar o time. Só vitórias convincentes, com boa produção, para trazer tranquilidade e fortalecer o trabalho que confiamos e pode ser melhor”, simplificou.
