Um raro titular do Palmeiras na equipe que foi derrotada por 2 a 1 pelo Linense neste sábado, no primeiro jogo realizado no Palestra Itália após a conquista da Copa do Brasil, o goleiro Fernando Prass ficou irritado com as críticas aos seus companheiros.
“Vocês analisam de maneira muito simples. O problema é a defesa quando tomamos gols, e o mérito é do ataque quando fazemos. Não é assim. É um conjunto. A gente não pode individualizar as coisas”, desabafou Prass, enquanto deixava o gramado e ouvia vaias da torcida ao Palmeiras, posicionando-se na condição de capitão do time desfigurado. Além dele, apenas o zagueiro Vitor Hugo não foi poupado do duelo pelo técnico Marcelo Oliveira.
Os jogadores que habitualmente são suplentes no Palmeiras concordaram com o goleiro. O lateral esquerdo Egídio, por exemplo, não gostou de saber que a culpa pelos percalços no início de temporada possa recair sobre o seu comandante.
“A responsabilidade não é só do Marcelo Oliveira, mas do time inteiro. É do elenco, do Palmeiras. Não é só o treinador que monta o time e o esquema. A pressão está em cima de todos nós”, avisou Egídio, confiando na recuperação diante do uruguaio River Plate, na estreia na Copa Libertadores da América. “Creio que uma vitória fora de casa na terça-feira mudará todo esse pensamento.”
Por enquanto, contudo, fica a má impressão que os reservas do Palmeiras deixaram. “Não digo que queimamos o filme, mas não aproveitamos a oportunidade”, lamentou o volante Thiago Santos. “Era um dia para mostrar que também podemos ser titulares. Infelizmente, perdemos. Isso não pode acontecer, ainda mais dentro de casa. Falhamos nos gols. Todo o time tem culpa”, generalizou o atleta, para satisfação de Fernando Prass.
