Após uma temporada de dois meses competindo na Europa, Raiza Goulão entra na reta final de sua preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Após a ausência em Londres 2012, o Brasil, enfim, conquistou a vaga para o Mountain Bike em 2016 e contará com a atleta como representante na elite feminina. A menos de dois meses para o início do maior evento de sua carreira, Raiza comentou sobre a importância do período que passou no Velho Continente, competindo com as concorrentes que irá encontrar em agosto em meio a percursos velozes, como a pista de Deodorom localizada na zona oeste da capital fluminense.
"Todos que acompanham minha carreira sabem que eu sempre falei que gostaria muito de competir na Europa e conseguir um nível mais alto, e isso veio no decorrer desse ano. Foi uma temporada de dois meses com provas de alto nível. Foram 3 Copas do Mundo, um Campeonato Mundial e uma prova de HC, com uma pontuação bem alta. Poder estar na Europa, competir em um nível mais alto com atletas que serão as minhas concorrentes diretas nas Olimpíadas e com as pistas de maior nível técnico vêm me ajudando muito. A cada prova estou me sentindo mais apta para estar representando o Brasil, estou sentindo um melhor desempenho, conhecendo melhor meu equipamento e me sentindo realmente em casa”, disse.
De volta ao Brasil, Raiza Goulão não terá descanso e já viaja nesta quarta-feira para Juiz de Fora, onde defenderá o título brasileiro de Mountain Bike. Como sua competição nas Olimpíadas acontece apenas no final de agosto, seus treinadores optaram por deixa-la participar da etapa do Canadá da Copa do Mundo, visando, acima de tudo, dar ritmo a atleta às vésperas do Rio 2016.
“Querendo ou não, você treinar é uma coisa, competir é outra. Disputar com as atletas que serão as minhas concorrentes nas Olimpíadas em pistas de alto nível é muito importante para mim. É claro que vai ser uma prova com muito mais cautela, pensando em Olimpíada. Não se arriscar, acho que tudo isso vai ser muito importante, mas a preparação agora está na reta final, ansiedade é grande, então o foco é redobrado para não ter lesão. Faltam menos de dois meses para minha competição nas Olimpíadas e agora faltar apenas ajustes finos para conseguir o melhor desempenho no Rio 2016”, comentou a atleta sobre sua ida ao Canadá antes dos Jogos.
Por fim, a quinta colocada no Pan-Americano de Toronto e atual 13ª melhor do mundo de acordo com o ranking da UCI (União Ciclística Internacional) afirmou que não sente uma grande pressão sobre seus ombros pelo fato de representar o Brasil em uma Olimpíada em casa. Ao contrário do futebol, que sempre briga pelo lugar mais alto do pódio, Raiza Goulão deixou claro que sua intenção é terminar o evento no top 15.
“Sempre fui muito exigente comigo mesma, então todas as provas acabo colocando mais pressão do que a família, equipe e Confederação. Nunca estive em um evento de tal magnitude, então quero representar meu país bem. Estou nessa expectativa de top 15 e na minha cabeça é disso para mais, mas como vai ser minha primeira Olimpíada estou tentando me controlar um pouco. Todos esperam um bom resultado, mas medalha olímpica é muito cedo levando em consideração que é minha primeira participação nos Jogos”, pontuou.
*Especial para a Gazeta Esportiva
