O julgamento movido pelo Serviço Postal dos Estados Unidos contra o ex-ciclista Lance Armstrong está marcado para o dia 6 de novembro, na cidade de Washington. Nesta quinta-feira, o juiz Christopher Cooper, responsável pelo agendamento da audiência, confirmou que não irá acatar o pedido de adiamento dos representantes do atleta e assegurou a data programada anteriormente.
Patrocinador de Lance Armstrong no momento do auge sua carreira, entre 2000 e 2004, o Serviço Postal dos EUA pede uma indenização ao atleta após ele ter confessado o uso de substâncias ilegais para melhorar seu desempenho durante seus anos no ciclismo.
A entidade, que desembolsou US$ 32,3 milhões (cerca de R$ 105 mi) em patrocínios ao ciclista, pede nos tribunais um valor de US$ 100 milhões (cerca de R$ 320 mi) ao atleta, alegando que o ex-ciclista enriqueceu ilegalmente ao usar substância ilegais para melhorar seu desempenho em competições e que não teria pago para o atleta caso soubesse que ele estaria burlando as regras de seu contrato de patrocínio.
Já a defesa alega que o Serviço Postal dos EUA não sofreu nenhum dano com a confissão de doping de Lance Armstrong e ainda lucrou um valor superior ao investido com o sucesso do atleta durante o período em que foi patrocinado. Por isso, não teria por que pedir uma indenização.
John Keker, advogado de Lance Armstrong, havia feito um pedido para que o julgamento fosse adiado para o ano de 2018, alegando conflito de horários com outros casos. O governo dos EUA, porém, não acatou a solicitação e marcou o julgamento para novembro.
Um dos ciclistas mais notáveis do início do século, Lance Armstrong perdeu seus sete títulos do Tour de France após ter confessado usar substâncias ilegais para melhorar seu desempenho esportivo. Após negar durante anos, o ex-atleta assumiu no ano de 2013 que se dopou durante toda a sua carreira.
