Paes teria recebido R$ 15 milhões em propina pela Olimpíada
Por Redação
11/04/2017 às 22:10 • Atualizado: 25/05/2017 às 17:31
São Paulo, SP
“Dessa quantia, R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões por meio de contas no exterior. O colaborador apresenta documentos que, em tese, corroboram essas informações prestadas, havendo, em seus relatos, menção a Leonel Brizola Neto e Cristiane Brasil como possíveis destinatários dos valores”, relatou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão de 4 de abril que mandou investigar Eduardo Paes.
Outros dois executivos da Oderbrecht, Leandro Andrade Azevedo e Luiz Eduardo da Rocha Soares, delataram o peemedebista. Em 2010, o ex-prefeito também teria negociado o repasse de R$ 3 milhões para a campanha do deputado Pedro Paulo (PMDB).
“Essas somas seriam da ordem de R$ 3 milhões, tendo a transação sido facilitada por Eduardo Paes, ex-prefeito do município do Rio de Janeiro, por meio de contato com o diretor Benedicto Júnior. Afirma-se, nesse contexto, que, no sistema ‘Drousys’ (espécie de intranet do setor de propinas na empreiteira), há referência a diversos pagamentos a “Nervosinho”, suposto apelido de Eduardo Paes”, narrou Fachin sobre a decisão de investigar Paes.
Além disso, em anexos ao termo de declaração, Azevedo apresentou planilhas com os pagamentos e e-mails apontando a solicitação dos pagamentos e agendamento de reuniões.
Pedro Paulo, que foi candidato de Paes vencido nas eleições à prefeitura do Rio de Janeiro em 2016, teria recebido R$ 300 mil ‘de maneira oculta, para a campanha à prefeitura’ dois anos antes, segundo Benedicto Júnior.