Paes teria recebido R$ 15 milhões em propina pela Olimpíada - Gazeta Esportiva
Paes teria recebido R$ 15 milhões em propina pela Olimpíada

Paes teria recebido R$ 15 milhões em propina pela Olimpíada

Gazeta Esportiva

Por Redação

11/04/2017 às 22:10 • Atualizado: 25/05/2017 às 17:31

São Paulo, SP

Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio de Janeiro, teria recebido R$ 15 milhões em propinas por facilitar contratos relativos às Olimpíadas de 2016, revelou Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos responsáveis pelo Departamento de Propinas da Odebrecht. A informação é do jornal Estadão.

“Dessa quantia, R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros R$ 5 milhões por meio de contas no exterior. O colaborador apresenta documentos que, em tese, corroboram essas informações prestadas, havendo, em seus relatos, menção a Leonel Brizola Neto e Cristiane Brasil como possíveis destinatários dos valores”, relatou o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão de 4 de abril que mandou investigar Eduardo Paes.

Eduardo Paes foi prefeito do Rio entre 2009 e 2016 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Outros dois executivos da Oderbrecht, Leandro Andrade Azevedo e Luiz Eduardo da Rocha Soares, delataram o peemedebista. Em 2010, o ex-prefeito também teria negociado o repasse de R$ 3 milhões para a campanha do deputado Pedro Paulo (PMDB).

“Essas somas seriam da ordem de R$ 3 milhões, tendo a transação sido facilitada por Eduardo Paes, ex-prefeito do município do Rio de Janeiro, por meio de contato com o diretor Benedicto Júnior. Afirma-se, nesse contexto, que, no sistema ‘Drousys’ (espécie de intranet do setor de propinas na empreiteira), há referência a diversos pagamentos a “Nervosinho”, suposto apelido de Eduardo Paes”, narrou Fachin sobre a decisão de investigar Paes.

Além disso, em anexos ao termo de declaração, Azevedo apresentou planilhas com os pagamentos e e-mails apontando a solicitação dos pagamentos e agendamento de reuniões.

Pedro Paulo, que foi candidato de Paes vencido nas eleições à prefeitura do Rio de Janeiro em 2016, teria recebido R$ 300 mil ‘de maneira oculta, para a campanha à prefeitura’ dois anos antes, segundo Benedicto Júnior.

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