Ouro no GP de Atletismo, Augusto salta com vara emprestada e sonha com índice
Por Lucas Sarti*
04/06/2017 às 11:00
São Bernardo do Campo, SP
"Um ano que não saltava essa marca. Estava meio perdido, mas estou voltando a saltar bem, com mais confiança. É uma prova muito técnica e estou muito feliz", afirmou o vencedor da prova.
Para conseguir bater Braz, Augusto precisou de uma "ajudinha" da Confederação Brasileira de Atletismo. Morando e treinando nos Estados Unidos da América, Augusto acabou tendo sua mala com as varas extraviada, e precisou recorrer à Cbat para competir no último sábado.
"Perdi o voo em Dallas e acabei indo para o Peru, fazendo nove horas a mais de viagem. Com isso, as varas foram para Miami. Tem que ter a cabeça boa, porque você está acostumado a trabalhar com um material, e tem que se adaptar rapidamente ao material emprestado", comentou.
Natural de Marília, interior de São Paulo, Augusto e Thiago Braz treinavam juntos na cidade onde nasceram, antes de estourarem no esporte nacional. Augusto afirmou que, agora, o objetivo é seguir os passos do amigo.
"Foi muito legal. Eu sai de Marília primeiro e ele seguiu meus passos. Agora, ele foi campeão olímpico e eu que quero seguir os passos dele. Desde as Olimpíadas não competia com ele", acrescentou.
Mesmo saltando 5,60m, sua melhor média no ano, Augusto ainda não conseguiu índice para o Campeonato Mundial. No entanto, o atleta ainda possui chance de conseguir uma melhor nota. Caso salte acima de 5,70m, o atleta que no início do ano estava sem vara e sem clube, pode se classificar para um dos maiores torneios do esporte.
* Especial para a Gazeta Esportiva