Mas não foi a derrota por dois gols de diferença que mais incomodou o Napoli nesta terça. Aliás, com o gol marcado fora de casa, o time que veste azul consegue a classificação à final com uma vitória por 2 a 0, já que o gol longe de seus domínios é critério de desempate. O problema, para os napolitanos, foi a atuação da arbitragem.
Antes dos lances polêmicos, o jogo era muito equilibrado. Massimiliano Allegri resolveu escalar a Velha Senhora com três zagueiros em uma tentativa de conter o bom toque de bola do seu rival. Mas, não adiantou. Aos 36, Callejón apareceu livre na segunda trave para abrir o placar e assustar a torcida local.
Então, Allegri entrou em ação novamente. O técnico italiano sacou Lichtsteiner para mandar o equatoriano Cuadrado, que mudou o jogo, dando muito mais força ofensiva aos alvinegros. E, para ajudar, Koulibaly acabou tocando em Dybala dentro da área com dois minutos da etapa final. O lance é discutível, mas não para o árbitro, que marcou o pênalti. O próprio Dybala empatou o clássico.
Na base da pressão, a Juventus chegou à virada aos 19, com gol do argentino Gonzalo Higuaín, seu artilheiro e justamente ex-ídolo dos napolitanos. O centroavante aproveitou sobra de boal dentro da área e, quase sem ângulo conseguiu deixar a sua marca. Na comemoração, apenas um gesto contido.
Mas aos 20 minutos, Albiol caiu dentro da área da Juve e todo o time do Napoli esperou pela marcação do pênalti, que não veio. No contra-ataque, Cuadrado ficou cara a cara com Pepe Reina, que saiu para abafar, tocou na bola, mas também se chocou com o atacante. Para o juiz, pênalti de novo para os donos da casa. Foi dado o início de uma grande confusão, muita revolta dos visitantes e inúmeros cartões distribuídos por reclamação.
Dybala, que não tem nada com isso, foi para a cobrança e mandou no mesmo canto esquerdo de Reina para fazer 3 a 1 e garantir a vitória da Juventus no primeiro duelo válido pela semifinal da Copa da Itália.
Além da vantagem, a Juve segue com sua soberania em sua Arena. Agora são 38 vitórias e seis empates, o que dá uma invencibilidade de 44 jogos em casa. AO último revés aconteceu no longínquo agosto de 2015, pela primeira rodada do Campeonato Italiano daquele ano.
A disputa na Série A, aliás, também tem uma Juventus muito tranquila rumo a mais um título. O time de Neto, goleiro brasileiro que substituiu Buffon nesta terça, e Alex Sandro, que entrou no segundo tempo, é líder com 66 pontos. O Napoli é o terceiro colocado, com 54 pontos.
