Autor de um dos gols da vitória do Grêmio sobre o Palmeiras, por 2 a 1, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, o volante Ramiro ressaltou a necessidade de reconquistar a confiança da torcida e comparou o trabalho dos dois últimos técnicos do Tricolor: Roger Machado e Renato Gaúcho.
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Alvo de críticas dos torcedores, o meio-campista destacou a necessidade de viver o momento gremista e garantiu que o time não tem preferência entre Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. "Os dois campeonatos são de extrema importância, e agora temos totais condições de conseguir uma vaga na Libertadores, mas o que vejo como principal é pensar jogo a jogo. Não tem como saber o que vai ser do nosso futuro, mas sabemos o que é preciso fazer e trabalhar dia a dia, e depois vamos entender pelo o que estamos brigando, no fim da temporada", disse.
Sobre o gol do jogo contra o Palmeiras, Ramiro afirmou que os jogadores costumam treinar jogadas daquele tipo, o que acabou facilitando o chute certeiro. "A gente trabalha muito essa situação de finalização e de sustentação. Naquele momento, a bola veio de boa forma para que eu pudesse chutar daquela maneira. Foi um chute forte, que deixou a bola solta para cair e entrar no gol", comentou.
Com a saída de Roger Machado, o técnico Renato Gaúcho promoveu algumas mudanças no estilo de jogo da equipe do Grêmio, com isso, Ramiro apontou as principais delas: "A parte tática dele é um pouco diferente da do Roger. Ele tem pensamentos diferentes tanto em questões de bolas paradas, quanto no posicionamento dentro de campo. E a forma como ataca alternou um pouco também. Mas vamos nos adaptar à maneira que o Renato quiser jogar", afirmou. "Hoje, ele (Renato) pede para jogarmos com muita determinação. É um treinador que cobra muito e o temo todo, então isso é uma coisa que a gente tem notado. Ele fala para entrarmos em campo e jogar o nosso melhor, honrando a camisa", acrescentou.
Ramiro aproveitou para contar como foi quando Roger decidiu deixar o elenco. "Isso foi uma escolha dele como treinador. Todos nós, do grupo, falamos que ele era muito importante. Todos estavam evoluindo e aprendendo muito com ele, mas depois da última derrota para a Ponte, ele achou que não era mais o momento de continuar. Teve uma conversa, ele foi bem leal com os jogadores e nós assumimos a responsabilidade, que não era só do Roger. Mas sim, de todo o grupo, atletas, comissão, diretoria. Quando a fase não é boa, é preciso dividir a culpa entre todos", lembrou.
O volante é um dos jogadores que mais vinham sendo criticados pela torcida do Grêmio. Diante da fase complicada, o atleta disse que conversou com os colegas de grupo, para que todos conseguissem passar por este momento tranquilamente. "Nunca cheguei a duvidar do meu trabalho ou de todo o do grupo, mas perante a torcida gerava uma certa desconfiança. Quando a fase não é boa, alguns jogadores acabam pagando o pato, então resolvemos, eu e outros jogadores que foram questionados, buscar fazer o trabalho da mesma maneira, para reconquistar essa confiança de novo", finalizou.
Com a vitória, o Grêmio conseguiu a vantagem em casa para o jogo de volta, que será no Palestra Itália, em São Paulo, no dia 19 de outubro, quarta-feira, às 21h45 (de Brasília). O próximo desafio dos gaúchos será neste sábado, às 18h30 (de Brasília). Em partida válida pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor tem encontro marcado com o Cruzeiro no Mineirão.
