Lugano compara vestiários no Brasil com reality show após vazamento
Por Marcelo Baseggio*
18/05/2017 às 18:00
São Paulo, SP
Além da exposição feita pelos clubes através de seus canais nas redes sociais, o suposto vazamento envolvendo Cícero e Rogério Ceni, que teriam discutido, levou Lugano a crer que há mais gente no vestiário do que deveria.
“Tudo se vê do ponto de vista dos resultados, acho subjetivo, mentiroso, mas é a realidade que a gente vive. Os vestiários no Brasil são mais parecidos com um reality show do que vestiário. Câmera para todo lado, televisões... Não quero me passar por um cara velho, mas no Uruguai, na Argentina e na Europa as coisas não funcionam assim”, disse Lugano
Apesar do caso já ter sido esclarecido pelo próprio Cícero nesta quarta-feira, o ambiente no São Paulo ainda é pesado. Voltando a trabalhar de cara fechada nesta quinta após folga, o elenco tricolor espera dar a volta por cima a partir da próxima segunda-feira, quando recebe o Avaí pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
“Quando o resultado não vem em um time grande como o São Paulo, que necessita de um título urgentemente, obviamente que o torcedor fica mais sensível, a imprensa fica mais sensível. O momento é de ter humildade, ouvir, apanhar e fechar a boca. Temos que tentar, dia a dia, com total nobreza, melhorar e ser autocrítico. Temos que saber que não conseguimos os resultados que pretendemos, alguma coisa está faltando e cabe a cada um melhorar para depois ajudar coletivamente”, afirmou o zagueiro uruguaio.
Embora o São Paulo esteja bastante pressionado por conta das seguintes eliminações, o fato do time fazer os dois próximos jogos do Brasileirão em casa pode ajudar o elenco a reconstruir a confiança. Após o duelo contra o Avaí, o Tricolor terá pela frente o clássico contra o Palmeiras novamente no Morumbi, entretanto, Lugano crê que o elenco deve evitar pensar a lá na frente para que a ansiedade não tome conta.
“Na situação que estamos acho que uma sequência no Morumbi, olhando a médio prazo, é boa, mas temos que pensar dia a dia, porque se não, a ansiedade, a cobrança e a pressão que vem de fora acabam jogando contra. Temos que deixar o entorno tenso que a derrota traz para começar a evoluir”, concluiu.
*Especial para a Gazeta Esportiva
