Muito questionado na Inter de Milão, Gabigol tem somente 123 minutos em campo desde que chegou ao clube, em junho de 2016 – neste pouco tempo atuando, não marcou em nenhuma ocasião. Zico, porém, elogiou o compatriota e pediu calma aos italianos.
“Eu o conheço bem. Ele é um grande jogador. Provavelmente, ele tem alguma dificuldade para se ajustar em um campeonato difícil como o Italiano. Não é tão rápido como Gabriel Jesus, mas sempre marcou gols, no Santos e na Seleção Olímpica. Faz muitos gols. Estou convencido de que será bem-sucedido na Itália. Por isso, é bom para a Inter que espere, sem colocar muita pressão”, disse sobre o atacante revelado no Santos.
Outro ponto tocado na entrevista foi a relação entre Neymar e a camisa "amarelinha". Envolvido em polêmica na Olimpíada do Rio, no ano passado, quando disse que o atacante do Barça não tinha condição de ser capitão do Brasil, o Galinho tratou de se explicar e disse confiar em Neymar como líder para a Seleção, mas no futuro.
“Eu quero esclarecer que não é uma crítica para confrontar Neymar. Digo apenas que um jovem como ele não deve ter a responsabilidade de comando, que é mais adequada a alguém experiente. Então, em três ou quatro anos, quando terá a cabeça mais ‘formada’, será um capitão perfeito”, esclareceu.
Antes de finalizar, Zico aproveitou para agradecer aos torcedores da Udinese, e à cidade de Údine, onde atuou na década de 1980, e deixou seu futuro em aberto.
“Eu parei de treinar na Índia. Agora vou me dedicar aos netos e à minha escola de futebol no Rio de Janeiro. Eu sou comentarista de TV, mas se alguém me oferecer um banco de reservas, quem sabe?", completou ao jornal Gazzetta dello Sport.
