“Estou me adaptando. Treino com muito mais intensidade e acredito que vou jogar melhor nas próximas partidas”, disse Ganso ao site Diario de Sevilla. “Creio que posso jogar mais em 2017. Estou tratando de me adaptar. Fisicamente estou melhor e trabalhando duro”, acrescentou.
Conhecido pelo estilo mais clássico de jogar futebol, o atleta exaltou a intensidade exigida pelo técnico Jorge Sampaoli e se considera, inclusive, mais bem preparado taticamente sob o comando do argentino.
“O Sampaoli pede para recuperarmos a bola assim que a perdemos, correr atrás e recuperá-la prontamente. Eu também penso que quando um jogador joga com mais frenquência, o ritmo é diferente, cresce. Joga mais rápido, pensa mais rápido...Quando você está só treinando é mais difícil, mas estou me esforçando muito”, revelou.
“Fisicamente me encontro muito melhor do que quando estava no Brasil, taticamente também porque o jogo lá é diferente e, na verdade, estou bem adaptado e tenho garanto que em 2017 vou render mais”, acrescentou.
Natural de Ananindeua, no Pará, Ganso não se surpreende com a boa campanha que o Sevilla faz na atual temporada, figurando no terceiro lugar do Campeonato Espanhol – atrás de Real Madrid e Barcelona - e classificado às oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa.
“Temos um grupo de jogadores de muita qualidade, Sampaoli e sua comissão técnica tem as coisas muito claras e o trabalho está sendo muito bom. Desde que começamos, em cada campeonato, iniciamos pensando em ser os melhores. Não podemos pensar em desculpas por causa das trocas no elenco ou porque o técnico é novo. Se o Sevilla havia vencido três títulos seguidos na Europa, então temos que pensar em conseguir coisas ainda maiores”, analisou.
Utilizado em apenas oito partidas e sem nenhum gol marcado, Ganso ainda comentou sobre as chances de título do Sevilla na Liga dos Campeões, com a concorrência de equipes como Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique. Nas oitavas, o time dirigido por Sampaoli enfrentará o atual campeão inglês Leicester.
“São equipes espetaculares, mas nós temos jogadores de muita qualidade e que podem assustar qualquer clube. Temos que pensar que podemos fazer grandes coisas. Joguei torneios como a Libertadores, o Mundial...mas a Liga dos Campeões é o maior do mundo”, afirmou.
Santos
Paulo Henrique Ganso ainda recordou com carinho das parcerias que fez com Neymar e Robinho no Santos, clube no qual atuou entre 2008 e 2012, período as conquistas mais importantes de sua carreira. Com muito menos ênfase, também lembrou do São Paulo, de quem se despediu sem deixar tanta saudade da torcida.
“Foram muitos títulos: Copa Libertadores, três Campeonatos Paulistas, uma Copa do Brasil, uma Recopa Sul-Americana...no São Paulo também. Mas no Santos tenho grandes lembranças. Foi uma fase que ajudou muito minha família”, recordou.
“Foi um grupo em que as peças se encaixaram muito bem. Robinho, Neymar, André, Wesley e defensores como Arouca, Durval e Edu Dracena. Foi espetacular. Desfrutávamos como crianças no campo. Saíamos sabendo que venceríamos, só não sabíamos por quanto. Por dois, três, ou quatro (gols). Foi inesquecível”, concluiu.
