Ídolo improvável, David Braz ressurge para mais uma volta por cima - Gazeta Esportiva
Do correspondente Tiago Salazar
Santos, SP
04/09/2016 11:14:54
 

O Santos entra em campo neste domingo, contra o Osasco Audax, apenas para cumprir tabela na última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista. Para David Braz, no entanto, o jogo é especial.

Depois de pouco mais de quatro meses, o zagueiro volta a pisar na Vila Belmiro para ajudar em campo, e não como torcedor, como se habituou neste período que teve mais médicos do que atletas ao seu lado em meio a uma recuperação de uma lesão no músculo adutor da coxa. “A vontade era de largar tudo o que eu estava fazendo lá dentro para vir bater bola com a rapaziada, fazer o trabalho com o professor aqui no campo”, conta o explosivo zagueiro.

Irreverente, autêntico, mas já não tão impulsivo próximo dos seus 29 anos – que serão completados em maio – David Braz abre o jogo à Gazeta Esportiva. Dono da camisa mais vendida entre os santistas, o ídolo improvável ainda se surpreende com o status que alcançou dentro do Peixe depois de 109 partidas e 11 gols.

Para ostentar o prestígio que o faz voltar ao time direto para a condição de titular, David Braz superou uma lesão no músculo posterior da coxa, em 2012, que quase findou sua trajetória no Santos e acabou o colocando no Vitória, clube que deve salários a David até os dias de hoje.

“Foi uma coisa para que eu chutasse o balde, a verdade foi essa. Eles fizeram isso de propósito, para eu treinar separado e abrir mão do que eles tinham para me pagar. Eles fizeram uma sacanagem”, desabafa.

Nessa entrevista exclusiva, o xerife da Vila Belmiro não esconde também o clima de tensão e ansiedade que se instaurou dentro do elenco à época em que Odílio Rodrigues comandava o clube: “O mais complicado foi a gente ter ido pras férias sem saber se iam pagar ou não”. Nada que fizesse o jogador pensar em cobrar o Santos na Justiça, como alguns ex-companheiros: “Eu tive propostas, pessoas que me procuraram, mas achei que ter permanecido foi a melhor opção”.

David Braz fala com orgulho da vida que leva hoje, sabe da sua importância para o time, tanto dentro quanto fora de campo, nas famosas “resenhas” com a garotada. E para ser exemplo, lembra a fase em que suas prioridades eram outras e, por pouco, não evitaram o sucesso no Alvinegro Praiano.

“Estava tudo errado na minha vida. Pessoas que eu achava que pensavam em mim, mas só queriam saber do lado deles. E eu tinha um problema, não sabia dizer não para as pessoas”, explica. “No final de 2012, mudei a minha vida fora de campo. Eu parei de beber. Sempre bebia socialmente com os amigos, e parei. Hoje não bebo uma gota de álcool”.

Pilhado como um torcedor apaixonado, David Braz é quase uma voz da arquibancada dentro do vestiário. E o moral do beque não é baixo. Até bronca Braz já deu nos torcedores, cobrando mais apoio durante um clássico contra o Corinthians. “O problema é que a câmera estava na minha frente e filmou tudo que eu falei”, comenta, sem negar o temor em ser mal interpretado.

À Gazeta Esportiva, David Braz também fala sobre os bastidores do polêmico jogo contra o Coritiba, no Brasileirão do ano passado, relata dificuldades no Campeonato Paulista e opina até sobre a decisão recente de instituir torcida única nos clássicos estaduais.

“Pode ter certeza que vai vir um palmeirense aqui para assistir um Santos x Palmeiras, no meio da torcida do Santos. Isso pode ser um problema, Imagina o cara acabar deixando escapar uma comemoração de um gol? Vai ter isso ai”, avisa.

Leia entrevista completa com o dono da camisa 14 do Peixe:

Gazeta Esportiva – Como que está esse retorno aos jogos depois de quatro meses fora?

David Braz – Bom, cara, estou feliz demais, porque, como todo jogador, eu não quero ficar no departamento médico. Ainda mais da forma que foi. Na região que foi, que é uma região que se usa muito, que é o músculo do chute. Mas, graças a Deus, estou de volta e motivado pra fazer uma boa temporada novamente. Espero que esse ano seja melhor que o ano passado.

Gazeta Esportiva – Como você encarava essa rotina no departamento médico, enquanto os jogadores iam para o campo? Sei que você é um cara pilhado…

David Braz – Foi difícil. Isso foi difícil mesmo. Eu ficava sozinho lá na academia, com o preparador físico ou o fisioterapeuta. E a vontade era de largar tudo o que eu estava fazendo lá dentro para vir bater bola com a rapaziada, fazer o trabalho com o professor aqui no campo. É o trabalho que a gente mais gosta de fazer. Eu sempre gosto de estar no campo, até mesmo quando eu estou com dor de alguma coisa.

Gazeta Esportiva – Qual foi período mais complicado: esse de agora, que você ficou quatro meses afastado, mas já consolidado no clube, ou em 2012, quando você ficou três meses fora, mas tinha acabado de chagar?

David Braz – Àquela vez foi pior, com certeza. Foi logo na minha estreia. A expectativa era muito grande de chegar e se enquadrar na equipe e já entrar na história do clube. E as coisas não funcionaram muito bem. Não tive oportunidade. No ano seguinte, fui emprestado. Então, aquela foi mais complicada. Agora, já tenho conquista de título aqui. Foram quatro meses e deu pra recuperar, a equipe está bem no campeonato. Naquela época, a equipe não estava bem. É bem diferente. Aquele momento foi bem complicado.

Gazeta Esportiva – Logo após voltar da primeira lesão, você foi emprestado ao Vitória. Você quis sair do Santos naquela ocasião?

David Braz – Teve vontade das partes, um acordo das partes. Os titulares eram o Edu Dracena e o Durval, que já tinham história no clube, tinham títulos e a confiança do treinador Muricy, e ainda por cima o clube havia acabado de contratar o Neto, que tinha feito uma boa campanha no Guarani. Senti que não ia ter muita oportunidade. Aí, o Vitória me ligou, o treinador eu conheci. E aceitei o convite. Vi que o projeto deles era muito bom, a equipe era boa, até foi muito bem naquele Brasileiro, terminaram em 6º lugar, para um time que tinha acabado de subir. Foi um acerto das duas partes, e infelizmente não deu certo lá.

Gazeta Esportiva – E lá na Bahia você não recebeu em dia, certo? Explica o que aconteceu de verdade.

David Braz – Foi assim: eles tinham que pagar uma multa para o Santos, e a multa era o meu salário até o final do ano. Eles pagavam uma parte do meu salário, e o Santos pagava outra. Então, não compensava para eles (Vitória) isso ai. O que eles fizeram? Me deixaram lá.

Gazeta Esportiva – Mas, te pagavam?

David Braz – Não me pagavam. Toda vez atrasava dois meses, eu notificava o clube cobrando e eles pagavam um. Toda vez. E até hoje eles têm dívida comigo. Até hoje não pagaram. E até hoje estamos na Justiça. Agora mesmo, em abril, vai ter uma audiência.

Recuperado, David Braz quer retomar posição na zaga para ajudar Peixe na reta final (Foto:Fernando Dantas/Gazeta Press)
Recuperado, David Braz quer retomar posição na zaga para ajudar Peixe na reta final (Foto:Fernando Dantas/Gazeta Press)

Gazeta Esportiva – E depois de viver isso lá, você viu isso de novo aqui no Santos, na gestão do ex-presidente Odílio Rodrigues…

David Braz – É diferente, né? O caso do Vitória não tinha problema financeiro. Foi uma coisa para que eu chutasse o balde, a verdade foi essa. Eles fizeram isso de propósito, para eu treinar separado e abrir mão do que eles tinham para me pagar. Fizeram uma sacanagem. E no Santos não, era um problema. Não era só comigo. Lá no Vitória era só comigo. Eles não pagavam só para mim. Aqui não. Todos os atletas não estavam recebendo. Era um problema do clube. A gente entende quando tem um problema financeiro. Eu vivi isso no Flamengo também. A única coisa que a gente ficava chateado é porque não vinha uma explicação.

Gazeta Esportiva – Como era a relação de vocês com Odílio Rodrigues?

David Braz – Eu, particularmente, sempre tive um contato legal com ele. Ele sempre vinha elogiar o trabalho, dizia que confiava no trabalho. Na época, 2014, a gente chegou à final do Paulista, e acabamos perdendo para o Ituano. Ele falou que estava com a gente, que confiava que a gente pudesse fazer um bom Brasileiro. Sobre o problema financeiro ele acabou não dando uma explicação melhor para a gente. Nós ficávamos sabendo as coisas pela imprensa. O caso do clube ter vendido porcentagem dos jogadores, a gente ficou sabendo pela imprensa, e de repente a gente estava lá sem um salário. Isso ficou confuso para nós, jogadores. E o mais complicado foi a gente ter ido pras férias sem saber se iam pagar ou não. Ninguém deu explicação de nada disso.

Gazeta Esportiva – Você foi um dos jogadores que pensou em entrar na Justiça por causa disso?

David Braz – Não, em nenhum momento, porque eu era o titular da equipe e sou muito feliz aqui no Santos. Eu comecei a ser um dos líderes do grupo. Coloquei tudo na mesa e vi que essa não era a melhor forma, o melhor caminho de se levar a carreira. Eu tive propostas, pessoas que me procuraram, mas achei que ter permanecido foi a melhor opção.

Gazeta Esportiva – Diferente de alguns jogadores, você não chegou ao Santos com a expectativa de se tornar um ídolo. Hoje, você é um ídolo improvável. Tem a camisa mais vendida. Já parou para pensar na sua trajetória dentro do clube. Você esperava por isso?

David Braz – Não. Eu não esperava. Eu até agradeço muito a Deus por isso, porque um zagueiro passar por isso num clube, onde tem outros grandes jogadores… Você citou ai alguns nomes. E na época tinha Robinho, Lucas Lima, Ricardo Oliveira, então, é uma felicidade muito grande. Eu tenho que agradecer muito a Deus. Acredito que isso foi por conta do Campeonato Paulista, que muita gente não acreditava que a gente ia conquistar. Por ter feito o primeiro gol na final. Isso marca. Eu sempre procuro dar atenção a eles (torcedores) quando dá. Nem sempre a gente consegue atender todo mundo, agradar a todos, mas, quando a gente consegue e tem oportunidade eu procuro sempre dar atenção, porque eu já fui torcedor, já tive meus ídolos e sei como que é.

Gazeta Esportiva – Se você pudesse personificar em uma pessoa essa sua ascensão no Santos, quem seria? Muita gente acha que é o Oswaldo de Oliveira foi esse cara.

David Braz – Com certeza, sim. Primeiramente a Deus. Eu confio muito em Deus, todo mundo sabe que eu sou evangélico e eu tenho isso. Sem ele eu não sou nada. Foi ele que fez eu mudar tudo como pessoa. E, claro, a oportunidade que o Oswaldo de Oliveira me deu aqui no clube foi muito boa, todo mundo sabe. Eu era a ultima opção e mesmo com isso ele falava para eu ficar preparado, porque o futebol roda muito. E foi bem aquilo que ele falou. Rapidinho as coisas aconteceram e o apoio da minha família foi importante para caramba. Eu não tinha jogado em 2013 o ano todo e eu estava com os grandes jogadores. Na época, estava o Montillo aqui, o Arouca, o Lucas Lima tinha acabado de chegar, o Cícero estava ai e era um grande time. Eu ficava ansioso de jogar com eles e poder ajudar e tudo. Então, foram essas três coisas que me ajudaram muito e me fortaleceram para eu conseguir dar a volta por cima.

Gazeta Esportiva – O aconteceu para você tomar essa atitude e perceber que precisava mudar para não ter problemas maiores na carreira?

David Braz – Estava tudo errado na minha vida. Tinham pessoas que eu achava que pensavam em mim, mas só queriam saber do lado deles. E eu tinha um problema, não sabia dizer não para as pessoas. A gente quer agradar todo mundo e não é bem assim. Então, sempre queria agradar minha família, mas uns amigos me convidavam para uma festa e eu não sabia dizer não. Não queria deixar eles chateados e ia. “Pô, vamos fazer isso, fazer aquilo”. E eu não recusava. Então, no final de 2012, eu tomei essa decisão de abrir mão dos amigos. E depois que eu comecei abrir mão e construir a minha família – hoje sou casado e tenho um filho – essas pessoas que eu achava que eram meus amigos acabaram me abandonando. Ainda mais quando eu fui pro Vitória. Se eu estivesse no Santos, acredito que não teriam abandonado. E ai, quando eu fui para o Vitória, eu já vi que era uma oportunidade de mudar de vida. Minha esposa foi pra lá, estávamos construindo nosso casamento, organizando nosso casamento no final de 2013. Foi tudo perfeito, uma história contada por Deus.

No final de 2013 eu mudei a minha vida fora de campo. Parei de beber. Sempre bebia socialmente com os amigos, e parei. Hoje não bebo uma gota de álcool. Parei de ir a festas. Só festa de criança ou festa de um amigo em casa. E eu não consigo mais virar a noite como antigamente, que eu ia para as baladas. Isso me ajudou muito também. Acredito que se eu não tivesse esse comportamento, essa mudança, acredito que eu não teria dado essa volta por cima não.

Gazeta Esportiva – E você vê esse reflexo no elenco de hoje? Como que é passar isso para a molecada do Santos?

David Braz – Eles absorvem muito bem. Eles não dão trabalho em nada, como eu dava. Eu dei muito trabalho, mas nunca fugi do trabalho, nunca deixei de fazer o que tinha que ser feito. Nunca cheguei atrasado, nunca cheguei mal por ter curtido uns dias antes. Mas aqui você não vê nenhum problema disso. Antigamente tinha muito jogador que ia muito. E isso eu vi.

Gazeta Esportiva – Você é um cara muito autêntico e tem uma relação muito próxima com os torcedores. Você já cobrou a torcida em um clássico contra o Corinthians, sempre pede para lotarem a Vila Belmiro. Como você encara essa característica do torcedor santista?

David Braz – Eu vejo o quanto o torcedor é importante para nós. Eu estava ai em um momento complicado no Brasileiro no ano passado e a Torcida Jovem e a Sangue Jovem vieram ai e falaram que estavam com a gente, que iam apoiar a gente. E, com certeza, isso fortaleceu bastante. E já vai fazer quase um ano que nós não perdemos na Vila. O torcedor tem que ver a importância dele, a importância de encher a Vila e ajudar a gente. Se eles querem ver a gente ganhando, sem perder aqui na Vila Belmiro, que eles venham para incentivar, cantar, cantar o hino, cantar o nosso nome, porque isso ajuda bastante, empolga demais. Eu, particularmente, amo estádio cheio, de preferência a nosso favor, claro. Mas também na casa do adversário. Gosto de jogar na casa do adversário lotada.

Gazeta Esportiva – Você não temeu a reação dos torcedores quando deu aquela dura durante o clássico na Vila?

David Braz – Eu temi, porque foi a forma que eu falei. Usei palavras fortes e às vezes as pessoas podem interpretar que eu estou criticando eles. Mas não foi. Eu estava chamando eles. E a forma de chamar foi usando a torcida adversária, dizendo que a torcida adversária estava gritando mais. Mas, ajudou. Logo no começo a torcida já começou a levantar, bater palma. O problema é que a câmera estava na minha frente e filmou tudo que eu falei.

Gazeta Esportiva – Foi em frente à cabine de imprensa.

David Braz – Me quebrou isso. E eu fiquei mais impressionado, porque foi em frente à câmera, em frente à imprensa, e depois do jogo chamou mais atenção do que a própria partida. Já aconteceram outras vezes. Em outras oportunidades eu já fiz isso. Só que eu tive sorte que a TV não tinha pegado.

Gazeta Esportiva – E sobre Torcida organizada, qual é a sua opinião? Entre todas as medidas tomadas depois das brigas entre corintianos e palmeirenses, essa de torcida única nos clássicos foi a que chamou mais atenção. Como você enxerga isso?

David Braz – Eu acho que não é só isso que vai ajudar a melhorar a não ter violência. Porque não foi no estádio o que aconteceu. Foram em pontos marcados. Eu acho que eles têm de analisar melhor essa decisão, porque vai acabar e está prejudicando o espetáculo e aqueles que não têm nada a ver. Tem torcedores que vão lá para assistir e pode ter certeza que vai vir um palmeirense aqui para, assistir um Santos x Palmeiras, no meio da torcida do Santos. Isso pode ser um problema, Imagina o cara acabar deixando escapar uma comemoração de um gol? Vai ter isso ai. Então, melhor analisar isso ai, porque não ficou bom para o esporte, não vai ficar bom para o espetáculo, e tem que ter uma forma de cercar os pontos próximos ao estádio para acabar com esse tipo de violência. Sei que é difícil. Foi impressionante o que esses caras fizeram. O jogo era no Pacaembu e teve confronto em Guarulhos, na minha cidade. Isso não existe.

Gazeta Esportiva – Voltando ao campo, muitos torcedores ainda não engolem o fato do Santos ter entrado com reservas contra o Coritiba, na antepenúltima rodada do Campeonato Brasileiro do ano passado, o que culminou na derrota e na queda do G4. O que aconteceu de verdade antes daquele jogo?

David Braz – Tudo era um risco. Todas as possibilidades eram arriscadas. Na minha opinião, nós perdemos o G4 com o empate com o Flamengo em 0 a 0 em casa. Na minha opinião. Pontos em casa não se perdem e a gente acabou perdendo dois pontos em casa contra o Flamengo, perdemos pontos contra o Sport, contra o Ponte Preta, em jogos que a gente estava na frente e acabamos tomando o empate. E a derrota para o Grêmio. Nós tivemos esses quatro tropeços.
Aquele jogo com o Coritiba era um risco que a equipe ia ter de correr. A gente tinha uma final importante da Copa do Brasil com o nosso maior rival na época, que a gente teve um confronto no Paulista, e eles estavam descansando para enfrentar a gente. Então, conversamos. Tivemos essa conversa com a comissão técnica. Deu-se a oportunidade para os jogadores que não vinham jogando e, infelizmente, aconteceu que naquele jogo acabamos perdendo de 1 a 0. A nossa equipe teve oportunidade. Tivemos bola na trave, mas são coisas do futebol. A gente não conseguiu vencer. Não sei se a equipe titular, se jogasse, iria ganhar do Coritiba. Infelizmente as coisas não começaram a dar certo depois do empate com o Flamengo, na minha opinião. Eu acho que a gente perdeu o G4 ali, contra o Flamengo.

Gazeta Esportiva – Qual a sua expectativa para 2016. O Santos não tem enchido os olhos, mas está brigando pelo primeiro título. O que você espera desse ano?

David Braz – Lembrando que o Campeonato Paulista é o regional mais difícil do Brasil. Você já vê ai pelo grupo do Palmeiras. Os cinco times do grupo têm possibilidade de classificação. Então, essa dificuldade a gente está tendo, sim, de começo de temporada. Oscilações de dar goleada ali, depois ganhar um jogo com placar magro, depois empata. É difícil mesmo o Campeonato Paulista. Como o Brasileiro vai ser, e como vai ser a Copa do Brasil. Eu acho que a gente não pode fugir disso, de perceber que é difícil, mas não deixar de acreditar que a gente pode chegar. O torcedor tem que entender que o Santos está passando por cima das dificuldades. O grupo é novo, perdemos algumas peças, como o Geuvânio, o Marquinhos Gabriel, e eu que estou voltando agora. A gente esta passando por cima das dificuldades que estamos encontrando. Espero que seja assim até o final.