Técnico de quenianos vê “ciumeira” de brasileiros da SS superada - Gazeta Esportiva
Técnico de quenianos vê “ciumeira” de brasileiros da SS superada

Técnico de quenianos vê “ciumeira” de brasileiros da SS superada

Gazeta Esportiva

Por Helder Júnior

30/12/2016 às 14:37 • Atualizado: 30/05/2017 às 12:59

São Paulo, SP

Coquinho é o principal articulador da vinda dos atletas africanos à São Silvestre (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Coquinho é o principal articulador da vinda dos atletas africanos à São Silvestre (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Responsável por agenciar e treinar muitos dos campeões africanos da São Silvestre, o brasileiro Moacir Marconi, o Coquinho, já deixou no passado a polêmica que alimentava com os atletas do País. Entre alguns deles, existia a reivindicação de que o número de competidores estrangeiros na tradicional prova de 31 de dezembro fosse limitado.

“Essa ciumeira foi superada. Era algo que eu via até de uma forma infantil. Quem reclamava estava pensando no lado financeiro, nas premiações, e não no esportivo”, comentou Coquinho. “Mas hoje os atletas brasileiros já deram uma acalmada. Eles entenderam o espírito da coisa”, acrescentou.

O empresário ainda se lembrou dos seus tempos de atleta ao comentar a polêmica. “Na minha época, eu saía do Brasil para poder correr com os caras (africanos). Hoje, trago os caras para todo o mundo poder com eles, melhorando os seus resultados, e ficam com essa ciumeira e tal. Se você quer alguma coisa olímpica, algo maior, são esses caras que vão te ajudar a chegar lá”, argumentou.

“Os caras” de Coquinho na São Silvestre de 2016 são sete, sendo cinco homens e duas mulheres. Ele destaca as presenças dos etíopes Dawit Admasu, que ganhou a prova em 2014, e Yimer Wude Ayalew, vencedora em 2008, 2014 e 2015. Entre as mulheres, o favoritismo ainda recai sobre Jemima Sumgong, campeã da maratona nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

“Todos esses atletas africanos trazem prestígio para a São Silvestre, proporcionam bons resultados. O lado financeiro é consequência do esportivo. Sempre pensei assim”, concluiu Coquinho.

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