Favoritos, africanos chegam a São Paulo e já treinam no Ibirapuera - Gazeta Esportiva
Favoritos, africanos chegam a São Paulo e já treinam no Ibirapuera

Favoritos, africanos chegam a São Paulo e já treinam no Ibirapuera

Gazeta Esportiva

Por Helder Júnior

29/12/2016 às 11:54 • Atualizado: 30/05/2017 às 13:00

São Paulo, SP

Os grandes favoritos à conquista da 92ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre já estão em São Paulo. Na manhã desta quinta-feira, a dois dias da prova, o grupo de atletas africanos liderado pelo técnico brasileiro Moacir Marconi, o Coquinho, deixou um hotel nas imediações da Avenida Paulista para realizar um breve treinamento no Parque do Ibirapuera.

“Estou com sete atletas aqui, sendo cinco homens e duas mulheres. Desses, o Dawit (Admasu, da Etiópia) é o nome mais expressivo, pois já ganhou a São Silvestre em 2014. Mas o William Kibor (do Quênia) está em uma condição muito legal, já que obteve um resultado fantástico em Las Vegas, conquistando a prova. Os outros são mais novos, como o Nelson (Mbuya, da Tanzânia), que ganhou a Meia Maratona de Foz do Iguaçu”, apresentou Coquinho, logo após estacionar a van em que levou os africanos ao Ibirapuera.




Entre as mulheres, o destaque do grupo que chamava a atenção de quem estava no parque era a tímida etíope Yimer Wude Ayalew, que venceu a São Silvestre em 2008, 2014 e 2015. Neste ano, ela terá uma concorrente considerável na disputa pelo posto mais alto do pódio – a queniana Jemima Sumgong, campeã olímpica da maratona nos Jogos do Rio de Janeiro, que dispensou a atividade matinal no Ibirapuera.

“A São Silvestre é sempre uma incógnita e pode surpreender, porque tem um grau de dificuldade maior do que uma prova normal e uma grande pressão psicológica. Só que, teoricamente, a menina que ganhou as Olimpíadas é a favorita. Se tudo transcorrer normalmente, ela deverá ganhar”, previu Coquinho. “Só a presença dela já dá muito prestígio para a prova”, acrescentou.

Questionada sobre as suas expectativas para o duelo com Jemima, Yimer abriu um sorriso e avisou que não se sentia segura para conversar em inglês. Àquela altura, já com o treinamento no Ibirapuera encerrado, os seus companheiros se divertiam no Ibirapuera – tiraram fotografias diante de alguns monumentos e até acenaram animadamente para as pessoas que os observavam do alto de um ônibus turístico.

“A maioria desses atletas chegou ontem. Eles vêm fazer esse treinamento mais para desintoxicar e sentir melhor a musculatura, até porque viajaram. A preocupação é sempre se sentir bem, com o corpo recuperado”, explicou Coquinho, abrindo mão de ser guia turístico dos africanos na capital paulista. “A gente nem pensa em passeios, para não perder o foco. Só pensamos em treinar, ter uma boa alimentação e dormir. Mas estão todos muito empolgados”, concluiu.

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