"O técnico não poupa ninguém. Eu não poupo. Eu me preocupo com a saúde do atleta, e isso faz com que os médicos retirem um ou outro". Foi assim que Tite justificou, após a vitória sobre o Botafogo, as sete mudanças que fez na equipe para atuar no interior. De acordo com o treinador, o aspecto mais importante é que o elenco está ganhando confiança como um todo.
E o entrosamento gradativo, por sua vez, só é conseguido através de um trabalho diário. "A remontagem de uma equipe exige bastante da comissão técnica. Esse início de trabalho tem sido bem treinado. Estou trabalhando a fluidez e a coordenação de todo um grupo. Não só de uma equipe. É um grupo que está correndo atrás para se ajustar", comentou.
Valorizando o esforço dos corintianos para compensar o desmanche do início do ano, Tite até chegou a citar as campanhas inferiores, em termos de pontuação, dos rivais Palmeiras, São Paulo e Santos - que não sofreram com perdas assim como o Timão. A ligeira agulhada, porém, passou despercebida diante de explicações mais técnicas sobre o comportamento do time em campo.
"Aos poucos a gente faz os ajustes. São coisas de coordenação de setores, de triangulação. De premiar a fantasia, a criatividade, a jogada pessoal.. Precisamos encontrar o equilíbrio naturalmente, o grupo vai se entrosando", falou o comandante, que reiterou os diversos trabalhos que realiza no CT do Parque Ecológico para "ensaiar" os setores.
A afinidade entre os setores, para Tite, é ainda mais fundamental do que entre jogadores. "Nem sei quem é a equipe titular, ainda está se formando. Sempre estamos fazendo trabalhos isolados para entrosar os setores. (O time) ainda está se desenhando", avisou o comandante, que deve se reunir com a comissão, a partir desta manhã, para pensar no confronto contra o Cerro Porteño em Itaquera.
