Jô tem média de gols pior, mas supera reforços rivais em convocações - Gazeta Esportiva
Jô tem média de gols pior, mas supera reforços rivais em convocações

Jô tem média de gols pior, mas supera reforços rivais em convocações

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

17/02/2017 às 07:35 • Atualizado: 17/02/2017 às 12:21

São Paulo, SP

Jô atuou na Copa das Confederações e na Copa do Mundo com a Seleção (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Jô atuou na Copa das Confederações e na Copa do Mundo com a Seleção (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


O atacante Jô chegou como solução para a posição de centroavante do Corinthians, mas não teve badalação nem próxima da obtida pelo colombiano Miguel Borja e pelo argentino Lucas Pratto, contratações dos rivais Palmeiras e São Paulo para as mesmas posições, respectivamente. Em termos de carreira, no entanto, o camisa 7 corintiano consegue rivalizar com os badalados reforços dos adversários paulistanos.

"Quem vai se dar melhor é o brasileiro do Corinthians", brincou o jogador ao ser questionado sobre a disputa pessoal com a dupla de estrangeiros, deixando para as pessoas de fora a parte de comparar a carreira do trio. "Meu trabalho é dentro de campo para fazer mais gols", explicou.

Revelado pelo Timão em 2003, ainda com 16 anos, Jô já fez 487 jogos e balançou a rede dos rivais em 150 oportunidades, chegando a uma média de 0,31 gol por jogo. Seus melhores anos foram em 2006/2007 pelo CSKA Moscou, além da temporadas 2012/2013 pelo Atlético-MG, quando superou 0,5 gol/jogo de média. Em 2016, também teve ótimas médias por Shabab Dubai-EAU e Jiangsu Suning-CHN, mas em campeonatos de nível abaixo do restante da carreira.

No campo média de gol quem se dá melhor é Borja, que conseguiu incríveis 39 gols em 52 jogos na temporada 2016 atuando tanto por Atlético Nacional-COL quanto por Cortuluá-COL. No total, o jogador anotou 66 tentos em 175 jogos por clubes profissionais, conseguindo uma média de 0,37 gol por partida. Aos 24 anos e mais novo do trio, o atleta parece em franca evolução, talvez o principal fator para o investimento pesado do Verdão.




Quem vem logo atrás é Pratto, dono de 117 gols em 354 jogos disputados em toda sua carreira. Revelado pelo Boca Juniors, mas pouco aproveitado pelo time da Bombonera, o atleta de 28 anos constituiu uma média de 0,33 gol por jogo, impulsionada pela boas apresentações desde 2015, quando foi contratado pelo Atlético-MG e deslanchou no Brasil, motivando até convocações recentes para a seleção argentina.

É nos times nacionais, aliás, que o corintiano Jô passa confiança ao torcedor na capacidade de ajudar o Corinthians a não ficar por baixo no Trio de Ferro. Chamado desde 2008, após disputar os Jogos Olímpicos de Pequim, Jô tem 20 jogos e cinco gols com a camisa da Seleção, mais do que os duelos de Pratto (quatro, com dois gols) e Borja (dois, sem gol) juntos.

Apesar da diferença de idade para Borja (pouco mais de cinco anos), Jô tem a seu favor o fato de que, com a mesma idade de Borja, já havia atuado em três oportunidades pelo Brasil. Apenas um ano mais velho do que Pratto, Jô tem larga margem sobre um dos concorrentes à vaga de goleador argentino na Rússia-2018.

Por outro lado, os gringos ganham força na disputa por terem atuado pela primeira vez pelas respectivas seleções em 2016 e ainda fazerem parte dos planos dos treinadores para o futuro, condição que Jô tenta recuperar neste retorno para o Corinthians.

"O Jô tem tudo para se dar bem aqui, pela forma como a equipe joga. Está sempre ali para prender os zagueiros e fazer gols. Vai dar tudo certo, pelo estilo dele, um jogador de qualidade e inteligente", avaliou o meia Rodriguinho, convocado na última lista do técnico Tite, à espera de poder contar com o companheiro também na Seleção.

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