Fábio Carille tem se mostrado bastante tranquilo às vésperas do seu jogo mais importante como técnico do Corinthians, o clássico contra o Palmeiras. Nesta semana, ele apareceu bem-humorado em um programa de televisão, foi sereno ao falar sobre as mudanças que fez na formação da sua equipe e nem sequer se assustou com gritos de ordem mais empolgados de torcedores no último treinamento para o Derby, realizado com a presença de público em Itaquera.
“Vejo as músicas da torcida de uma forma totalmente diferente da grande maioria. Elas sempre existiram, com o time estando bem ou mal”, amenizou Carille, com a experiência de quem já ouviu bastante que, “se o Corinthians não ganhar, o pau vai quebrar”. “Os torcedores estão abraçando a equipe porque está havendo entrega. Sempre falei que isso não faltaria. E, aos poucos, vamos conquistando a torcida. Uma vitória amanhã poderá selar ainda mais essa parceria”, complementou.
Para conquistar uma vitória sobre o Palmeiras, Carille prometeu não se exaltar nem mesmo quando estiver no vestiário de Itaquera, minutos antes de entrar em campo com o Corinthians. O treinador pretende adotar um discurso pouco inflamado na preleção para o clássico.
“Será com um tom ameno, com certeza. Não tem como o jogador não ficar ligado para um jogo como esse. Então, não há por que alterar a voz. Esse é o meu modo de ver. Acho melhor mostrar as características do adversário e como podemos fazer o nosso melhor”, comentou.
A paz que Carille transmite em suas palavras, contudo, estará ameaçada em caso de derrota. O seu Corinthians ainda enfrenta desconfiança em função da temporada ruim que teve em 2016. Para piorar, não vence o Palmeiras desde 8 de fevereiro de 2015, com dois empates e quatro derrotas no período de jejum, e ainda viu o grande rival ser campeão brasileiro recentemente.
“Não trago essa desconfiança só para mim. É para todos. Uma vitória fortalecerá comissão técnica e atletas, para que possamos ter um ano muito brilhante, dando uma tranquilidade muito grande para a sequência do trabalho”, concluiu o já tranquilo Fábio Carille.
