Santos dá lição em mistão do Tricolor e entra no G4 do Brasileiro - Gazeta Esportiva
Santos dá lição em mistão do Tricolor e entra no G4 do Brasileiro

Santos dá lição em mistão do Tricolor e entra no G4 do Brasileiro

Gazeta Esportiva

Por José Victor Ligero

26/06/2016 às 18:05 • Atualizado: 27/06/2016 às 07:28

São Paulo, SP




O Santos aproveitou os desfalques do São Paulo e venceu por 3 a 0 o San-São de número 300 da história, na tarde deste domingo, no Pacaembu, em duelo válido pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sem ter a ver com os problemas do rival, o Peixe mostrou mais talento, velocidade e posse de bola. Por isso, conquistou a vitória em seu 500º jogo no gramado municipal, com gols de Vitor Bueno e Rodrigão, ambos feitos no primeiro tempo, e Lucas Lima, em cobrança de falta, nos minutos finais da partida.

De quebra, o time da Baixada chegou aos 19 pontos entrou no G4, assumindo a terceiro lugar da competição, atrás somente de Palmeiras (22) e Internacional (20), mas à frente do Corinthians. O Tricolor, por sua vez, amplia sua série sem vitórias para três jogos e cai da sétima para a décima posição, com 15 pontos.

Já pensando nas semifinais da Copa Libertadores da América, o técnico Edgardo Bauza cortou o meia Paulo Henrique Ganso, com fadiga muscular, do chamado “Clássico da Paz” - as duas equipes chegaram no mesmo ônibus ao estádio. A exemplo do camisa 10, o volante Thiago Mendes também foi preservado, enquanto Kelvin esteve fora por lesão na coxa esquerda e o atacante Centurión foi liberado para ir à Argentina visitar sua avó hospitalizada. Por isso, o Patón lançou mãos dos garotos Mateus Caramelo, Artur e Luiz Araújo.

Agora, o Santos buscará melhorar ainda mais sua colocação na próxima quarta-feira, a partir das 19h30 (de Brasília), quando enfrentará o Grêmio, em Porto Alegre. Já o Tricolor, que tentará retomar o caminho das vitórias, receberá o Fluminense no mesmo dia, mas às 21h45, no Morumbi.

O jogo – O São Paulo começou a partida como desembarcou do ônibus que o levou ao Pacaembu junto ao Santos: na paz. O Peixe, por sua vez, aproveitou a moleza do time tricolor e abriu o placar logo em seu primeiro ataque. Aos 44 segundos de jogo, Gabriel fez cruzamento na segunda trave, Thiago Maia apareceu sozinho e chutou para o gol. Denis não segurou e, no rebote, Vitor Bueno empurrou para o fundo das redes, fazendo a única torcida presente no estádio municipal comemorar o gol .

O time comandado por Edgardo Bauza, então, se viu obrigado a atacar e ameaçou o gol de Vanderlei aos dez minutos. Ytalo se infiltrou pelo meio e de fora da área arriscou o chute, obrigando o goleiro santista a espalmar para escanteio. Na cobrança, porém, o Peixe armou bom contra-ataque com Lucas Lima, que disparou pela direita e finalizou para defesa de Denis.

Com Michel Bastos e Ytalo apagados, ficou a cargo do jovem Luiz Araújo a criação das principais jogadas do São Paulo. O veloz garoto, atuando pela direita, dava trabalho para Gustavo Henrique e Renato. Tanto que aos 25, o meia limpou e chutou rasteiro com muito perigo a Vanderlei, que desviou para escanteio.

Percebendo a dificuldade na movimentação do ataque de sua equipe, Patón pediu para Michel e Ytalo trocar de posições, com o primeiro assumindo o meio e o segundo a ponta esquerda. A medida surtiu efeito e o Tricolor quase chegou ao empate em uma sequência de lances perigosos. Primeiro com Ytalo, que girou e bateu forte para defesa do goleiro rival. No escanteio, Zeca e Gustavo Henrique quase jogaram contra o próprio gol.

Como quem não faz, toma, o castigo chegou ao São Paulo. Com marcação na saída de bola tricolor, o Peixe fez triangulação rápida entre Lucas Lima, Gabriel e Victor Ferraz. O lateral recebeu na ponta direita e passou na medida para o centroavante Rodrigão empurrar para redes: 2 a 0, placar merecido para quem atacou mais e manteve a posse de bola.

Já no início da etapa final, o São Paulo deu mostras de que poderia incomodar mais o Santos. Logo aos cinco minutos, Calleri disparou em contra-ataque, invadiu a área, mas parou em Vanderlei, que fez sua defesa mais difícil até então. Logo em seguida, os mandantes responderam com Rodrigão, que desviou escanteio e quase fez o terceiro do Peixe.

Sem conseguir com que sua equipe agredisse o Santos, o Patón promoveu as entradas de Carlinhos e Hudson nos lugares de Luiz Araújo e Artur, respectivamente. O jogo, no entanto, ficou mais nervoso em função da irritação dos jogadores tricolores pelas jogadas de Lucas Lima e do carrinho de Calleri em Vanderlei, quando o goleiro saía com a bola. O argentino por pouco não recebeu o segundo cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. Já Hudson não escapou da advertência por empurrão em Zeca.

As alterações de Bauza não surtiram efeito e o Santos continuou controlando a partida. Com boa posse de bola, o time de branco provocou o “olé” de sua torcida na parte final do confronto. Por outro lado, o São Paulo errava muitos passes e não conseguia propor o jogo ou sair em contra-ataque.

Satisfeita com o desempenho de sua equipe, os torcedores santistas acenderam as lanternas de seus aparelhos celulares. Foi com esse clima que, aos 44, Lucas Lima cobrou falta com excelência e pregou o último parafuso no caixão tricolor. Na sequência, Lugano reclamou com o árbitro Raphael Claus pela falta que originou o terceiro tento do Peixe e acabou levando o segundo amarelo, descendo aos vestiários um pouco mais cedo.

FICHA TÉCNICA
SANTOS 3 X 0 SÃO PAULO

Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Auxiliares: Danilo Simon Manis e Miguel Ribeiro da Costa (ambos de SP)
Cartões amarelos: Gabriel, Lucas Lima (Santos), Calleri, Hudson, Lugano (São Paulo)
Cartão vermelho: Lugano (São Paulo)
Público: 19.740 pagantes
Renda: R$ 862.720,00
Gols:
SANTOS: Vitor Bueno, a 1 minuto do 1º Tempo, Rodrigão, aos 38 minutos do 1º Tempo, e Lucas Lima, aos 44 minutos do 2º tempo

SANTOS: Vanderlei; Victor Ferraz, Luiz Felipe, Gustavo Henrique e Zeca; Thiago Maia (Caju), Renato, Vitor Bueno (Yuri) e Lucas Lima (Jean Mota); Gabigol e Rodrigão
Técnico: Dorival Júnior

SÃO PAULO: Denis; Caramelo, Maicon, Lugano e Matheus Reis; João Schmidt, Artur (Hudson), Luiz Araújo (Carlinhos) e Michel Bastos; Calleri e Ytalo (Daniel)
Técnico: Edgardo Bauza

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