“Vou falar uma coisa aqui de fonte segura: O Neymar e o Daniel Alves não queriam trabalhar com o Dunga. Eles não queriam estar jogando, não queriam estar ali. A maior virtude do Tite é essa. O Dunga era uma liderança que não tinha mais voz ativa. Uma liderança que os caras não queriam ele. Ai vem um cara que te aconselha, te abraça, chega e bota o grupo juntinho. Você vê a foto no avião, todo mundo junto. Esse é o ponto e eu posso garantir seguramente”, contou o eterno Pé de Anjo, dando mais detalhes que ajudam a explicar o momento da Seleção.
“O cara pode ter o nome que for. Se não tiver empatia dos atletas, não vai fluir”, disse. “O Tite convocou o Paulinho e o Giuliano. O grupo pensa: ‘vamos ver se vai jogar’. Foi (o Tite) e bancou o Paulinho, que conseguiu render. O grupo sabe quem é o lateral direito, o zagueiro, o goleiro... O grupo sabe quem tem garrafa vazia para vender, sabe quem tem o talento. Como ele consegue recuperar o Giuliano de uma hora para outra na Seleção?”, completou Marcelinho.
Paulo Zagallo, filho do Velho Lobo, também convidado do programa, concordou que a atitude dos atletas brasileiros em campo mudou desde que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu mudar o comando técnico.
“Uma coisa que você nota agora é que a Seleção está mais solta, mais leve. Os jogadores mais criativos, com mais liberdade e com mais vontade. Quando perde a posse, o time tem recomposição. Até Neymar vem marcar. O Gabriel Jesus tem liberdade, se movimenta, vem Neymar, passa o Philipe Coutinho, chega o Renato Augusto. A equipe está mais leve, tem mais vontade”, observou Paulo Zagallo.