Operação Lava Jato cita indícios de propina na obra da Arena Corinthians - Gazeta Esportiva
Operação Lava Jato cita indícios de propina na obra da Arena Corinthians

Operação Lava Jato cita indícios de propina na obra da Arena Corinthians

Gazeta Esportiva

Por Redação

22/03/2016 às 11:36 • Atualizado: 22/03/2016 às 15:43

São Paulo, SP

Itaquerão passa a ser alvo da Lava-jato: estádio pode estar relacionado a pagamento de propina da Odebrecht (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
Itaquerão passa a ser alvo da Lava Jato: estádio pode estar relacionado a pagamento de propina da Odebrecht (foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Com a 26ª fase da Operação Lava Jato em curso, a Polícia Federal passou a investigar pagamentos de propinas que estão ligados a contratos de obras da Odebrecht, e com isso, foram levantados indícios de que a construção da Arena Corinthians possa estar envolvida no esquema ilegal.

Suspeito de receber dinheiro no esquema de propina (cerca de R$ 500 mil), o vice-presidente do Corinthians, André Negão, acompanhou a Polícia Federal em condução coercitiva autorizada pelo juiz Sérgio Moro, para prestar depoimentos e esclarecer sua ligação com as transações ilegais da construtora. Durante investigação dos policiais foram achadas, entretanto, na residência do dirigente armas sem o devido registro, assim foi lhe dada voz de prisão pelos agentes.

Além de dirigente do Corinthians, André Negão é o braço direito de Andrés Sanchez. Ele atua como chefe de gabinete do deputado federal eleito pelo Partido dos Trabalhadores em São Paulo.

“Em relação ao estádio da Copa, já temos indicativos de outras fases e de delações em andamento. Nesta fase da Lava Jato, identificamos pagamentos em relação à diretoria que cuida de contratos da Arena Corinthians”, explica o procurador Carlos Fernando dos Santos.

Segundo esclarece o procurador, diversas propinas foram pagas a uma série de órgãos espalhados pelo país. Dentro dessas operações, estão relacionados vários contratos de obras, com o estádio do Corinthians incluso. "São obras de diversas áreas". Segundo ele, não há agentes políticos envolvidos, mas "pessoas ligadas a partidos políticos". Ele disse que os nomes serão conhecidos assim que o sigilo for retirado.

A PF divulgou o nome dois operadores financeiros e uma série de executivos da Odebrecht que foram levados em prisão preventiva nesta fase da Lava Jato. As informações descobertas nessa fase levaram a delegada Renata Rodrigues a declarar que a atuação da Odebrecht é forte indicativa de que se trata de uma “organização criminosa”.

 

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