Gabriel Jesus desequilibra e amigos de Nenê vencem time de Romário
Por Redação
09/12/2016 às 21:39
São Paulo, SP
Antes da bola rolar, houve uma linda homenagem à Chapecoense, com muita fumaça branca e verde, gritos de “Vamos, vamos, Chape” e um minuto de silêncio rigorosamente respeitado por todos. Com a bola rolando, logo no primeiro lance, Victor fez uma linda defesa em finalização de Gabriel Jesus e acabou lesionando o braço direito. O goleiro do Galo precisou ser substituído e deixou o estádio com com um médico ao seu lado.
Então, Amaral decidiu ir para o gol. O famoso ex-volante, lembrado até hoje pelo elástico que levou de Romário quando defendia o Corinthians em um duelo contra o Flamengo, no Pacaembu, voltou a ser vítima do eterno camisa 11, que ainda aproveitou para provocar depois de abrir o placar.
"Quando o Victor machucou o ombro, ele (Amaral) veio correndo e eu falei: ‘Não vai para o gol, porque eu vou te fazer gol em ti. Fiz. Ele falou: ‘Tu já me ferrou com aquele drible’. Eu falei: ‘Tu entra porque quer. Eu avisei’, disse Romário ao Sportv, aos risos.
A equipe liderada por Nenê não conseguia jogar na etapa inicial, que só teve 35 minutos. Belleti, Fred (não aquele do Atlético-MG) e Gabriel Jesus ajudaram o time de Romário com verdadeiros golaços. Rubens Cardoso amenizou o prejuízo com dois gols, mas o primeiro tempo terminou 4 a 2.
Mas, duas mudanças no intervalo fizeram uma tremenda diferença. Romário cansou e foi para o banco, enquanto Gabriel Jesus passou para o outro lado e deu lugar ao ator Caio Castro. Ai ficou difícil segurar Nenê, Jesus e Denilson juntos.
De gol em gols a equipe de branco consumou a virada e transformou o duelo em goleada. O palmeirense, que agora vai defender o Manchester City, marcou mais dois gols, um deles depois de Nenê rolar para trás uma cobrança de pênalti. Denílson fez o seu e brincou com a torcida, como sempre, e Nenê foi outro a balançar as redes, além de Igor, Júnior, amigos do camisa 10 do Vasco, e Constantino, que apesar da idade avançada e da necessidade de dois pênaltis, deixou o seu.
Assim, com o apito final do ex-árbitro profissional Guilherme Ceretta de Lima, chegou ao fim o jogo beneficente em Jundiaí, para muitos aplausos das arquibancadas. Jesus deixou o gramado correndo e lembrou que ainda não é sua despedida dos campos brasileiros. “Não é meu último jogo, ainda tem mais quatro. Mas vamos falar do futebol de hoje, prefiro não falar nada do profissional”, despistou. Já Romário, que é senador atualmente, comentou a necessidade de ajudar a sociedade com iniciativas como as desta sexta.
“Com tudo que está acontecendo no Brasil, as coisas realmente não têm sido positivas, infelizmente, algumas muito negativas, como a tragédia da Chapecoense, a política está muito abaixo do que deveria estar e um jogo beneficente, que tudo que arrecadar a gente vai conseguir melhorar sua alimentação, atender um pouco das necessidades de algumas pessoas, é uma honra estar presente. Agradeço ao convite do Nenê”, disse.