Alana Maldonado conquista ouro inédito no Mundial Paralímpico de Judô - Gazeta Esportiva
Alana Maldonado conquista ouro inédito no Mundial Paralímpico de Judô

Alana Maldonado conquista ouro inédito no Mundial Paralímpico de Judô

Gazeta Esportiva

Por Redação

17/11/2018 às 21:39

São Paulo, SP

A judoca paralímpica Alana Maldonado fez história nesse sábado. A atleta paulista conquistou a medalha de ouro no Campeonato Mundial de Judô Paralímpico, para deficientes visuais, em Lisboa, Portugal. Líder do ranking mundial na categoria até 70kg feminina, a atleta é a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro até então inédita para o país.

O caminho para a conquista começou nas quartas de final, graças ao fato da Alana ser uma das cabeças de chave do torneio. A estreia da judoca ocorreu com uma vitória contra Zulfiyya Huseynova, do Azerbaijão. Em seguida, já pelas semifinais, venceu por ippon Lucija Breskovic, da Croácia, número oito do mundo.

Alana conquistou um ouro inédito para o Brasil no Mundial de Judô (Foto: Divulgação)


Na decisão do ouro, a oponente foi a uzbeque Vasila Aliboeva, sexta colocada no ranking mundial. O combate foi duro para Alana, que perdia nas punições até os 28 segundos finais de luta. No entanto, a brasileira conseguiu imobilizar a adversária e garantir o ouro inédito para o país na competição.

“Ainda não dá para acreditar. Tive um ano muito difícil, mas, com muita garra, conquistei meu objetivo. Acreditei até o fim e consegui mudar a luta. Estava bem cansada, não tinha mais forças, mas acreditei o tempo todo”, declarou a atleta, recuperada de grave lesão no joelho a tempo de disputar o Mundial.

Destaque do judô nacional nos últimos anos, Alana, com apenas 23 anos, vem em ascensão meteórica e soma outras grandes conquistas na carreira, como a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e os ouros na Copa do Mundo 2017, no Uzbequistão, e no Open 2018, na Alemanha (todos na categoria 70kg). A atleta é portadora da doença de Stargardt (que degenera a visão central do indivíduo) desde os 14 anos e, por conta disso, pertence à categoria B2, já que a enfermidade não prejudica a visão periférica da paratleta.

Conteúdo Patrocinado